FATURAMENTO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS VOLTA A CRESCER APÓS SEIS MESES

21 de novembro de 2014.
Após seis quedas seguidas, na
comparação de um mês com igual período do ano anterior, o faturamento real (já
descontada a inflação) das micro e pequenas empresas (MPEs) paulistas voltou a
crescer. Em setembro deste ano houve aumento de 6,9% na receita real ante
setembro de 2013. Apesar da alta, no acumulado do ano, o faturamento registra
variação de -0,3% em relação ao mesmo intervalo de 2013. Os dados são da
pesquisa Indicadores Sebrae-SP.
A receita total das MPEs do Estado em
setembro somou R$ 51,5 bilhões, R$ 3,3 bilhões a mais que no mesmo mês de 2013
e R$ 3,8 bilhões acima do resultado de agosto de 2014.
O resultado positivo de setembro foi
alcançado por conta da base de comparação relativamente fraca (em setembro de
2013 o faturamento caiu 1,3% em relação a setembro de 2012) e porque o mês teve
um dia útil a mais do que setembro do ano passado. “Foi o primeiro aumento
desde fevereiro. É uma melhora, mas infelizmente não temos muito o que
comemorar. O ano não tem sido bom para a economia brasileira e as micro e
pequenas empresas têm sofrido com o cenário adverso, como podemos observar pelo
resultado negativo do faturamento no acumulado de janeiro a setembro de 2014”,
afirma o diretor- superintendente do Sebrae-SP, Bruno Caetano.
Por setores, a indústria continua
registrando desempenho ruim: queda de 2,6% no faturamento de setembro em
relação ao mesmo mês do ano passado. O comércio apresentou elevação de 1,6% na
receita. Os serviços tiveram crescimento de 17,3%, índice que acabou sendo o
responsável por puxar o desempenho positivo das MPEs em setembro. Também
influenciaram no resultado do setor de serviços o dia útil a mais e a base de
comparação mais fraca, já que em setembro de 2013 as MPEs do segmento
registraram recuo de 6,2% na receita real ante o mesmo mês de 2012.
Entre as regiões do Estado, as MPEs
do Grande ABC apresentaram a maior variação no faturamento em setembro, com
aumento de 19,2% ante igual mês de 2013. Os negócios localizados no interior
paulista registraram crescimento de 12,1% na receita. O município de São Paulo
apresentou evolução positiva de 6,6% e a Região Metropolitana de São Paulo teve
elevação de 2% no faturamento.
Empregos e remuneração
De janeiro a setembro, o total de
pessoal ocupado nas MPEs paulistas aumentou 0,5% na comparação com o mesmo
período de 2013. O rendimento real (salários e outras remunerações) dos
empregados das MPEs de São Paulo registrou variação de -0,1%, no mesmo período.
O gasto total com a folha de salários apresentou aumento de 2,2% nessa
comparação.
Expectativas
Quando perguntados sobre a
expectativa para o faturamento da empresa nos próximos seis meses, a maior
parte dos donos de MPEs paulistas (58%) disse em outubro esperar estabilidade.
Os que acreditam em melhora do indicador são 26% ante 34% em outubro do ano passado.
O grupo dos que esperam piora ficou maior: reunia 5% dos empresários
entrevistados em outubro de 2013 e agora estes são 7%.
Com relação à atividade econômica
brasileira, 50% dos proprietários de MPEs do estado de São Paulo preveem
estabilidade nos seis meses que virão. Em outubro do ano passado, eram 55%.
Dezenove por cento falam em melhora (eram 23% no ano passado) e 16% aguardam
piora ante 12% em outubro de 2013. “Como o mercado interno é o mais importante
para os pequenos negócios, a debilidade da atividade econômica afeta
diretamente o desempenho dessas empresas”, afirma o coordenador de pesquisas do
Sebrae-SP, Marcelo Moreira.
Segundo ele, deve haver alguma
melhora nas receitas das MPEs neste último trimestre por conta do pagamento do
13º salário e as compras de Natal, mas 2014 provavelmente não terminará com
resultados muito expressivos. “Há várias incertezas na economia brasileira,
como inflação relativamente elevada, piora nas condições de crédito e na
confiança de empresários e consumidores”, explica Moreira.
A pesquisa
A pesquisa Indicadores Sebrae-SP é
realizada mensalmente, com apoio da Fundação Seade. São entrevistados 2.716
proprietários de MPEs do Estado de São Paulo por mês. No levantamento, as MPEs
são definidas como empresas de comércio e serviços com até 49 empregados e
empresas da indústria de transformação com até 99 empregados, com faturamento
bruto anual até R$ 3,6 milhões. Os dados reais apresentados foram deflacionados
pelo INPC-IBGE.

Foto: Diretor-superintendente do Sebrae-SP, Bruno Caetano.
Crédito: Divulgação.

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