Uma das melhores datas para o comércio brasileiro, a Páscoa deste ano deve ser mais onerosa para o bolso do consumidor em função dos altos impostos incidentes nos produtos desta época. De acordo com a pesquisa do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) o consumidor pode pagar até 69,73% de impostos em itens para a Páscoa.
Primeiro lugar da lista, o vinho importado é o produto com maior carga tributária com 69,73%, seguido pelo vinho nacional com 54,73% e bacalhau importado com 43,78%. Os chocolates também vão pesar no bolso do brasileiro. Em um ovo de chocolate de R$ 40,00, por exemplo, o consumidor pagará R$ 15,40 reais em tributos, ou seja, 38,53% do valor total. O produto com menor parcela de impostos é o coelho de pelúcia com 29,92%.
Estes números reforçam quanto é alta a carga tributária do Brasil. “Assim como em outras datas que aumentam o consumo, os produtos da Páscoa têm alta incidência de tributos. É importante que o consumidor tenha consciência de que essa arrecadação onera a indústria e o comércio e, por consequência, os consumidores também. É claro que se a carga tributária fosse menor, isso se refletiria em queda de preços”, explica reforça a vice-presidente da Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC), Adriana Flosi.
Quanto ao preço, a expectativa do departamento de Economia da ACIC é de uma variação média de 6,0% em relação a 2017, cerca de 2,96% acima da inflação de 2017. Para 2018, a expectativa para o consumo de ovos de Páscoa e chocolates em Campinas e RMC é de 3.400 toneladas, cerca de 1,80% acima do ano anterior.
Uma pesquisa realizada pelo Procon Campinas em parceria com a Fundação Procon-SP entre os dias 9 e 12 de março, em oito estabelecimentos comerciais distribuídos por diversos bairros de Campinas constatou que a diferença de preços de ovos de páscoa pode chegar a 132,93%.
A pesquisa envolveu a comparação de preços de 148 itens, sendo 44 tipos de barras de chocolates, 10 bolos de páscoa, 14 bombons e 80 ovos de diversas marcas, tipos e modelos.
De acordo com o levantamento dos órgãos de defesa do consumidor, entre as barras de chocolate, a maior diferença de preços constatada foi de 80,27%. Já, entre os bolos de páscoa a diferença chega a 28,03% e, entre os bombons, o índice é de 50,25%.
De acordo com a diretora do Procon Campinas, Yara Pupo, as variações de preços constatadas referem-se ao período em que foi realizada a coleta e os preços atuais podem ser diferentes, estando sujeitos à alteração conforme a data da compra, inclusive por ocasião de descontos especiais, ofertas e promoções. Além disso, lojas da mesma rede podem praticar preços diferenciados. “Nosso objetivo é oferecer uma referência ao consumidor através dos preços médios obtidos dentro da amostra pesquisada”, diz.
Foto: Ovos de Páscoa.
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