LIDERES INDUSTRIAIS DA BACIA PCJ SE REÚNEM PARA DISCUTIR ESTRESSE HÍDRICO

A
situação crítica dos reservatórios do Sistema Cantareira compromete de forma
direta o abastecimento de mais de 3 milhões de habitantes na Região
Metropolitana de Campinas e Jundiaí , nas bacias PCJ (Piracicaba, Capivari e
Jundiaí) e de cerca de 9 milhões de pessoas na grande São Paulo, na bacia do
Alto Tietê, o que impõe a imediata adoção de medidas de contingência por todos
os segmentos da sociedade.
Diante
desse estresse hídrico as áreas de meio ambiente  da Federação das Indústrias do Estado de São
Paulo (Fiesp) e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) têm
trabalhado diariamente  na representação
do setor industrial em todos os fóruns decisórios sobre o assunto, além de
subsidiar usuários industriais com relatórios, informações e principalmente
oportunidade de ação.
Nesse
sentido as áreas de Meio Ambiente da Fiesp e do Ciesp elaboraram uma série de
sugestões como subsídios para a orientação do setor industrial, as quais podem
ser implantadas a curto prazo der acordo com as características de cada
indústria e sua localização. Intitulado “Gerenciando a Escassez de água na
indústria”.
A crise
hídrica levou representantes de nove Diretorias Regionais do Ciesp, atuantes
nos rios da bacia do PCJ (Piracicaba, Capivari e Jundiaí) e da entidade 
estadual, estiveram reunidos nesta quarta feira (04/06)na Regional Campinas,
para alinhamento em relação a questão da escassez de água e seus reflexos na
indústria regional.
Estiveram
presentes na reunião, representantes das Regionais do Ciesp de Americana,
Bragança Paulista, Campinas, Indaiatuba, Jundiaí, Limeira, Rio Claro e Santa
Bárbara D’Oeste. Pela Fiesp esteve presente o coordenador do Departamento de
Meio Ambiente, Alexandre Vilela e pelo Ciesp, o gerente de Meio Ambiente, Jorge
Rocco.
Nessa
reunião ficou agendada a realização de um Simpósio para o dia 17 de julho, na
Regional Campinas, reunindo representantes de todas essas diretorias regionais
do Ciesp e de entidades ligadas à questão da água e do meio ambiente. Entre os
temas desse simpósio, serão abordados cases de empresas que já
realizam ações de tratamento de água.
O diretor
titular do Ciesp-Campinas, José Nunes Filho, afirmou que o objetivo foi reunir
as nove diretorias regionais, envolvidas na bacia do PCJ, para discutir a
escassez de água na indústria.  “A
questão do estresse hídrico  que a região
está passando não é só um problema de Campinas ou da região de Campinas. É um
problema de toda a Bacia PCJ e aí envolvem 9 regiões do Ciesp que estão nessa
região e que estão sofrendo  racionamento
de água compulsório por parte do governo do Estado com a diminuição da vazão
para nós abaixo da vazão primária, reduzindo inclusive mais 13% hoje (ontem)
passando para 2,6 m³/S”, diz.
Nunes
explicou que isso significa  que o que
entra na cabeceira do Sistema Cantareira que vem de Minas Gerais deveria estar
saindo para os rios da região já que esses rios estão sendo represados e isso
não está sendo feito. Isso está sendo desviado para outro uso e a nossa vazão
primária como bacia doadora não está sedo repeitada a vazão primária. Estão
cortando água que pode comprometer a partir de agosto ou setembro para essa
região do PCJ. Sem contar os danos ambientais que isso está provocando na
região”, explica.
Nunes
disse ainda que no dia 17 de julho serão apresentados  planos de contingência das empresas e cases
do que as empresas tem feito no uso racional da água.  “Não podemos esperar o que São Pedro manda.
Não podemos ficar sentados à beira do caminho esperando chover como está sendo
feito pelo governo do Estado, então nós estamos nos preparando para essa
situação apresentando um plano de contingência. Essa escassez de água pode
comprometer a indústria da região, já que dos três consumidores – população,
setor agrícola e indústria, essa última é a que menos consome e que faz o uso
mais racional da água”, declarou.  Nunes acrescentou que é necessário
alinhar uma posição que mantenha  a vazão primária de água do sistema
Cantareira para a região, garantindo o abastecimento.

No
encontro realizado nesta quarta feira ficou definido que o grupo volta a se
reunir antes do simpósio do dia 17 de julho para alinhar todo o plano de
contingência que será apresentado. José Nunes Filho disse ainda que o grupo vai
tentar agendar uma reunião com a Agência Nacional de Águas (ANA) para
apresentar os pleitos da indústria da Bacia PCJ. “O que eu acho que é razoável
é que a vazão primária seja garantida em momentos de estresse hídrico. Seria no
mínimo mais 6m³/s para a Bacia do PCJ, que os investimentos que deveriam ter
sido feitos a partir de 2004, quando a outorga inicial, que o governo do Estado
não fez e que sejam realizadas que são as represas de Amparo e Pedreira,
inclusive com adutoras para cidades principais pelo menos, porque os municípios
não tem dinheiro para fazer essas adutoras. Isso teria que vir do governo do
Estado. Precisa de mais investimentos na área de saneamento ambiental nas
prefeituras da região para que menos água de esgoto in natura seja jogada nos
rios preservando os mananciais”, revela.
Foto: encontro de diretores do Ciesp da Bacia PCJ.
Crédito: Roncon & Graça Comunicações
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