NADA É PARA SEMPRE E A TRADIÇÃO JÁ NÁO É (MESO) O QUE ERA

04 de setembro de 2015.
ARTIGO DE LUÍS RASQUILHA

Se pegarmos nas
edições das 500 Maiores e Melhores Empresas de há 20 anos atrás e a cruzarmos
com a edição de 2014 talvez constatemos que mais de metade das empresas que
figuravam na lista não estão mais nela. Mais. Talvez tenham mesmo desaparecido,
engolidas por empresas mais recentes, mais jovens, mais ajustadas com as
necessidades dos mercados. Onde andavam os criadores do Facebook, Amazon,
Google e tantas outras empresas que têm pouco mais de uma década de vida e
estão na liderança destes rankings há 20 anos? E o que aconteceu com empresas
centenárias, globais, estruturadas que lideravam estas listas e os mercados?
Este século tem
provado que nada é para sempre e que não é pelo fato de termos x anos, ou
décadas, de mercado que este será contemplativo com a nossa vida e com a nossa
perenidade. Nokia, Kodak, Varig, Pagenet (para quem não se lembra era uma marca
de beepers/pagers, prévia aos telefones móveis), e tantas outras empresas (e
marcas) foram cilindradas por ofertas mais recentes, mais disruptivas e
corajosas. Não que eu seja adepto da mortalidade empresarial, mas contra
fatos… E os fatos estão aí para mostrar que quem se detém no seu histórico,
se encosta à sombra do que fez, ou se preocupa demasiado com o “sempre foi
assim” está condenado.
Perguntam-me
várias vezes em palestras, aulas, reuniões com clientes – Para onde vamos? Como
enfrentar esta dinâmica? O que fazer?
A todos respondo
que hoje não existem fórmulas mágicas. O caminho está traçado, orientado pelas
tendências e pelo futurismo (disciplina que estuda e antecipa os fenómenos que
irão influenciar nossas vidas e mercados) podemos construir um mapa de
entendimento do que se apresenta à nossa frente, devendo adotar a inovação como
cultura, método e processo permanentes nas nossas empresas.
Inovação não é
um bicho esquisito, muito menos da responsabilidade de alguns na empresa. É
cada vez mais uma cultura, uma forma de estar, tomando decisões no sentido de
trazer novas soluções para os mercados, soluções que tragam valor efetivo para
clientes. Ferramentas não faltam. Mas é preciso olhar para este mind-set de
forma séria, adotado por todos quantos estão genuinamente preocupados com o
sucesso das suas empresas.  
Inovação deixou
de ser uma buzzword. Passou a ser temática obrigatória se quisermos perenizar a
nossa presença nos mercados. Para tal é necessário olhar para a frente e
abandonar o retrovisor. O mercado acontece no futuro.
CEO da Inova Business School e da
Inova Consulting, Luís Rasquilha é professor de Futuro e de Tendências no MBA
Executivo da Inova Business School e possui Master em Criatividade e Design
Thinking, pela Stanford University, Master em Empreendedorismo e Gestão da
Inovação, pela Universidade Católica Portuguesa (UCP), Pós-graduação em Gestão,
pelo Instituto Superior de Gestão (ISG), MBA, pelo Instituto Superior de
Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE), Pós-Graduação em Marketing, pela
Universidade Católica Portuguesa (UCP), e Graduação em Relações Públicas e
Publicidade, pelo Instituto Novas Profissões (INP). Autor e Coautor de 18
Livros técnicos sobre Marketing, Comunicação, Branding, Futuro, Tendências e
Inovação.
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