O ADMINISTRADOR DECISOR

30 de março de 2015.
COLUNA DO PROFESSOR ROBSON PANIAGO
Quando os tomadores de decisão enfrentam problemas simples com poucas
alternativas e o custo para avaliar as alternativas é baixo, o modelo racional
fornece uma descrição relativamente precisa do processo de decisão.
Em vez de seguir o modelo racional, porém, as decisões mais importantes,
as do “mundo real”, são tomadas por meio de julgamento e não por um modelo
prescritivo definido.
Quando confrontada com um problema complexo, a maioria das pessoas
reduzirá o problema ao seu nível mais simples e se acomodará, ou
seja, buscará soluções que sejam satisfatórias e suficientes.
Evitando a racionalidade completa, as pessoas operam dentro de uma racionalidade
delimitada
 e constroem modelos simplificados para extrair as
características essenciais do problema e se comportar racionalmente dentro dos
limites do modelo simples.
Os gerentes frequentemente usam sua intuição para resolver problemas e
esta pode ajudar a melhorar a tomada de decisões.
Este processo inconsciente se baseia na experiência e complementa a
análise racional. O “especialista” reconhece uma situação, utiliza a
experiência e chega rapidamente a uma decisão, mesmo com informações limitadas.
Problemas visíveis tendem a ter uma probabilidade maior de serem
selecionados do que os problemas importantes, e isto por duas razões. Primeiro,
os problemas visíveis são mais fáceis de serem identificados. Segundo,
considerando que os tomadores de decisão querem se mostrar competentes, eles se
concentram nos problemas que são visíveis aos demais.
O mero interesse pessoal pode levar o gerente a selecionar problemas que
são importantes para ele ou que são altamente visíveis na organização. O modo
como os problemas são estruturados determina como serão tratados. Dessa forma,
problemas estruturados para enfatizar ganhos positivos encorajam a tomada de
decisão conservadora; os estruturados para enfatizar potencial perda encorajam
escolhas que buscam o risco.
Ao procurar alternativas viáveis, muitos tomadores de decisão mantêm
simples o processo de procura. Em vez de formularem definições e alternativas
novas e únicas para o problema, eles tomam decisões de caráter mais incremental
do que abrangente, fazendo comparações sucessivas e limitadas entre
alternativas que diferem apenas ligeiramente da opção corrente.
Robson Paniago é professor do IBE-FGV e
administrador tecnológico e social.
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