PADRÕES GLOBAIS DE IDENTIFICAÇÃO GS1 AUXILIAM EMPRESAS A ATENDER NOVA NORMA DE RECALL DE ALIMENTOS

11 de janeiro de 2016.
A adoção de sistemas
de software, dos padrões globais de identificação e do código de barras GS1,
conhecido do consumidor e adotado por indústrias de todos os portes, é a
principal ferramenta que auxilia produtores de alimentos a cumprirem a nova
norma da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a resolução RDC
24/2015. Em vigor desde o dia 07 de dezembro do ano passado, a RDC 24/2015 rege
o procedimento do chamado recall de alimentos no caso de identificação de risco
à saúde da população. Ou seja, obriga as empresas a terem o que foi definido
como Plano de Recolhimento de Produtos, que deve estar acessível a funcionários
envolvidos e à própria agência, quando essa o requerer. A medida garante
visibilidade de ponta a ponta em toda a cadeia de suprimentos e quem descumprir
as regras pode ser punido com interdição, cancelamento de autorização, multa
que pode variar de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão, além da retirada obrigatória de
itens à venda – recall.
Os padrões globais
GS1 de identificação de produtos servem como diretrizes para implantação de
processos de rastreabilidade. Além do código de barras, outras formas de
identificar e capturar informações dos produtos são as etiquetas inteligentes
de radiofrequência (EPC/RFID) e os códigos de barras bidimensionais, que também
podem armazenar informações adicionais como, por exemplo, data de produção,
data de validade e número de lote. “A rastreabilidade possibilita às empresas
acompanharem a trajetória e a exata localização de seus produtos desde que saem
da produção até sua chegada ao varejo, a qualquer momento”, destaca o
presidente da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, João Carlos de
Oliveira.
A rastreabilidade
representa a capacidade de recuperação do histórico, da aplicação ou da localização
de itens. Além de permitirem o acompanhamento de mercadorias, os processos
aliados à tecnologia melhoram a eficiência do recall, uma vez que permitem a
troca e o gerenciamento de informações entre todos os elos envolvidos da cadeia
de suprimentos até que o produto chegue ao consumidor. Essa é justamente uma
das exigências da RDC 24/2015. A partir de agora, todas as empresas da cadeia
produtiva de alimentos deverão manter registros que identifiquem as origens dos
artigos recebidos e o destino dos distribuídos.
De acordo com a
Anvisa, uma distribuidora de alimentos, por exemplo, terá de manter registros
de fornecedores e também de seus compradores (clientes). A resolução determina
que, além de alimentos, bebidas e águas engarrafadas, ingredientes, embalagens
e qualquer material que entre em contato com alimentos durante o processo de
fabricação estarão sujeitos às regras. “Da produção à industrialização de
alimentos, passando por armazenagem, transporte, distribuição e
comercialização, o que inclui produtos in natura, todos devem contar com
estratégias para o recolhimento de mercadorias e também comunicar o fato à
Anvisa”, destaca Oliveira.
A importância da
padronização
No setor de
manufatura, frequentemente é preciso encontrar respostas para perguntas como:
“Este carregamento contém o que foi pedido?”; “O fluxo físico de meus produtos
está otimizado?”; “Eu teria a informação necessária se houvesse um recall?”. Os
consumidores também questionam se o alimento é seguro e se contém o que a
embalagem informa.
A Associação
Brasileira de Automação-GS1 Brasil, organização sem fins lucrativos que
representa nacionalmente a GS1 Global, tem desenvolvido e aperfeiçoado padrões
e soluções para a cadeia de suprimentos durante os últimos 32 anos. Com base
nessas três décadas de experiência, a entidade criou o Padrão Global de
Rastreabilidade (GTS, na sigla em inglês para Global Traceability Standard) e
pretende torná-lo a referência reconhecida por empresas que exigem algum tipo
de rastreabilidade.
O GTS permite a
adoção da rastreabilidade em uma escala global, tanto para pequenas como para
grandes organizações, por toda a cadeia de suprimentos, indiferentemente da
quantidade de empresas envolvidas e das tecnologias disponíveis escolhidas
(código de barras ou radiofrequência, por exemplo).
O Padrão Global de
Rastreabilidade GS1 é complementar a outras normas internacionais como as da
ISO, Global Food Safety Initiative (GFSI), do CIES, Global Food Standard, do
British Retail Consortium, Food Marketing Institute, do Global Gap ou demais
certificações para alimentos orgânicos. A GS1 auxilia empresas e organizações a
atenderem a exigências desse tipo de requisito ao prover a base para a criação
de um sistema de gestão mais integrado. O objetivo é maximizar a eficácia do
gerenciamento de processos produtivos e logísticos.
Os principais setores
com soluções de rastreabilidade em desenvolvimento pela GS1 Brasil envolvem a cadeia de
medicamentos e produtos para saúde, a cadeia da carne
bovina, produtos alimentícios, produtos frescos como  frutas, legumes e verduras, matérias-primas e
material de embalagem.
Entre as vantagens da rastreabilidade estão a possibilita um
controle total de todas as etapas da cadeia de suprimentos, fornecendo
instrumentos fundamentais para análise e gestão de riscos. A empresa passa a
oferecer mais segurança e confiabilidade ao consumidor podendo maximizar seus
resultados.Ao obter certificação
de origem e processamento, a empresa pode diferenciar e agregar valor a seus produtos.
A rastreabilidade
deve ser aplicada objetivando a rápida identificação e localização de qualquer
produto em qualquer elo da cadeia de suprimentos. Para isso, é necessário que
todos os parceiros comerciais possuam um padrão único de identificação e comunicação,
além de estarem integrados em processos colaborativos, nos quais a informação
relevante é trocada continuamente entre os componentes da cadeia.
É de responsabilidade
de cada empresa gerenciar os links entre o que ela recebeu de seus fornecedores
e o que está entregando a seus clientes. Os links também incluem os
relacionamentos entre os produtos e suas unidades de transporte e armazenamento.
Precisão e rapidez no
registro e recuperação dos dados também são dois elementos de referência em
qualquer sistema de rastreabilidade. Alguns dados devem ser sistematicamente
transmitidos entre os parceiros enquanto outros dados devem ser apenas
registrados.
Foto 1 – Smartphone vê a data de vencimento do produto.
Foto 2 – Rastreabilidade – databar 
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