PwC DIVULGA PESQUISA INÉDITA SOBRE EXPATRIADOS

A PwC divulgou nesta quinta feira (14/11) em Campinas uma
pesquisa inédita feita pela firma no interior do Estado de São Paulo com
relação aos expatriados que vivem no Brasil. O objetivo do levantamento foi entender
um pouco mais quais são os anseios desses expatriados fazendo uma comparação
entre as cidades das quais vieram de seus países de origem e as cidades
brasileiras nas quais vivem hoje e o que essas cidades tem de pontos
positivos  e os pontos nos quais precisam
melhorar. Na avaliação de Valdir Augusto de Assunção, líder das operações da
PwC no interior de São Paulo, que envolvem os escritórios de Campinas,
Sorocaba, São José dos Campos e Ribeirão Preto, diz que a sondagem é uma
fotografia do relacionamento entre o expatriado e o Brasil. “O número de
expatriados no país vem crescendo. Nos últimos quatro anos vieram ao país mais
de 220 mil expatriados, dos quais metade para o Estado de São Paulo. A região
do interior do Estado de São Paulo tem tido cada vez mais uma concentração ou
recebendo expatriados, inclusive até de países que até então não eram muito
comuns, como China, Coréia, da Ásia de uma forma em geral, inclusive também do
Oriente médio”, declarou. 

Para realizar o levantamento, a PwC entrevistou
estrangeiros de 13 países diferentes, a maioria dos Estados Unidos e Alemanha
(18% cada país), que residem no Brasil há pelo menos um ano. São CEOs, CFOs,
vice-presidentes, diretores, gerentes gerais e regionais e gerentes de
controladoria de algumas das principais cidades do interior paulista –
Campinas, Ribeirão Preto, Sorocaba e São José dos Campos – sendo 42% na faixa
de 30 a 40 anos de idade. Nessa amostra, 91% dos respondentes são homens e 82%,
casados. “Também nos surpreendeu a quantidade de consulados ou vice-consulados
que temos nessa região. São 13 representações como Itália, Estados Unidos,
Equador, Colômbia, Croácia, ou seja, de países que até então a gente
desconhecia. Todos eles tem uma base em Campinas, Ribeirão Preto e São José dos
Campos”, disse.

A maioria dos executivos estrangeiros chegou ao País
entre 2009 e 2012 (64%). Apenas 18% residem aqui há mais de 10 anos. Dos
expatriados, 55% pretendem ficar entre um e cinco anos no País e 18% não têm
previsão do período de permanência. A sondagem mostra que 67% dos entrevistados
estão fora de seu país de origem pela primeira vez. Do total, 73% encararam a oportunidade
de vir ao Brasil como desafio e crescimento profissional e 48%, por
determinação da empresa. Para que a mudança ocorresse, as empresas ofereceram
benefícios como auxílio na transferência (79%), moradia (73%), automóvel (70%),
curso de língua estrangeira (64%), aumento salarial e cargo de chefia (48%
cada).

Embora quase a totalidade dos respondentes (91%)
considere sua cidade atual um bom lugar para morar, principalmente quando se
fala em localização geográfica e clima, os expatriados destacaram problemas em
serviços e infraestrutura. Segundo o levantamento, 76% dos executivos não
receberam assistência em sua língua nativa ou em inglês nos estabelecimentos
comerciais, o que demonstra a falta de preparo do comércio para o atendimento
do público estrangeiro. “Uma reclamação dos expatriados  é que tem poucos hotéis e são muito caros. O
que me preocupou também é que acham que são explorados nos estabelecimentos
comerciais, ou seja, eles falam que o Brasil tem uma cultura de não explorar o
turismo e sim o turista”, destacou.

A falta de segurança (27%) e de transporte público
eficiente (21%) chama a atenção na sondagem. “Sinto falta da liberdade de andar
pela cidade. No Brasil, os cidadãos livres ficam presos em casas fortificadas,
enquanto bandidos estão livres nas ruas”, apontou um dos entrevistados. Sem um
transporte público eficiente e confiável no interior paulista, os expatriados questionaram
a falta de trens de alta velocidade e a qualidade dos aeroportos.

Quase a totalidade (91%) dos executivos estrangeiros está
adaptada ao Brasil, em especial, ao trabalho, alimentação e clima. Mas a falta
de atrativos turísticos, atividades culturais, locais históricos e as
distâncias que devem ser percorridas para visitar esses pontos incomodam os
expatriados. A burocracia para obtenção de documentos legais exigidos para
estrangeiros é outro ponto de destaque na sondagem. Quase metade dos respondentes
reclamou do prazo para obter documentos, da dificuldade (39%) e do
atendimento/assistência recebida (36%). “O que nós podemos fazer do ponto de
vista institucional é levar isso aos órgãos públicos. Na PwC temos em Campinas
uma área com mais de 50 pessoas dedicada a somente atender expatriados desde os
serviços de imigração aos serviços fiscais, ou seja, a gente ajuda ele a tirar
o passaporte, o visto. Todo esse processo burocrático”, finaliza.

Já a simpatia do brasileiro, a forte presença de uma
comunidade internacional e o conforto dos serviços domésticos inexistentes em
outros países foram lembrados pelos expatriados como alguns dos pontos que mais
agradam. A diversidade dos restaurantes e shoppings também ganhou destaque.
 
Fotos 1 a 3 – Valdir Augusto de Assunção, líder das operações da PwC no interior de São Paulo,
 
Crédito:  Giancarlo Giannelli
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