SENADORA DEFENDE FORTALECIMENTO DA INDÚSTRIA NAVAL

A perda de empregos da indústria naval para a China
foi tema de pronunciamento da senadora Ana Amélia (PP-RS) nesta quinta-feira
(28/02). Ela relatou que mais da metade dos postos de trabalho no estaleiro Inhaúma,
na baía de Guanabara, estão ameaçados pela possível transferência de partes das
obras de quatro plataformas de petróleo da Petrobras para a China.

A senadora disse que o Brasil precisa ser mais competitivo e deve dar
continuidade a políticas de desenvolvimento como a da nacionalização da
indústria naval. “O foco do poder público e do setor privado deve ser o
desenvolvimento, o crescimento, a geração de novos negócios em setores
competitivos como esse da indústria naval”, observou Ana Amélia.

O setor, na opinião da senadora, deve absorver tecnologias modernas em vários
campos. Ela mencionou a abertura de consulta pública pela Agência Nacional do
Petróleo (ANP) para discutir os percentuais de conteúdo nacional a partir de
março. Atualmente, 70% da fabricação tem de ser nacional, no caso da indústria
naval. A Petrobras informa que os serviços a serem realizados na China
representam menos de 3% do valor total dos contratos. “É, portanto, uma dúvida
que precisa ser esclarecida. Os profissionais que têm investido em formação
técnica nas áreas de petróleo e gás, aço e indústria naval precisam de
respostas seguras e confiáveis”, disse Ana Amélia.

As dúvidas, de acordo com a senadora, poderão ser sanadas quando a presidente
da Petrobras, Graça Foster, comparecer à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
Ana Amélia já apresentou requerimento para que Foster seja convidada.

A senadora contou que outra oportunidade de debate dos rumos das empresas
navais ocorrerá na 2ª Feira do Polo Naval, em Rio Grande (RS), de 12 a 15 de
março, com 160 palestrantes e 200 expositores.

Por fim, ela pediu a valorização da indústria nacional e condições para que os
contratos sejam respeitados sem prejuízos ao mercado de trabalho local e ao
desenvolvimento da infraestrutura do país. “O setor portuário, os investidores
e os trabalhadores que atuam nesse setor, e a indústria naval, serão os maiores
beneficiados”, destacou.

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