A IMPORTÂNCIA DE UMA ESTRUTURA FAMILIAR SAUDÁVEL PARA O DESENVOLVIMENTO E CONDUTA DOS FILHOS EM SOCIEDADE

A Pedagoga e pós-graduada em Psicopedagogia e Neurociência Neuza Aparecida Batista possui mais de 10 anos de experiência na área da Educação, ela explica que o consumismo descontrolado muitas vezes está relacionado com o histórico familiar. “O seio familiar precisa ser um ambiente aconchegante, agradável, leve, gostoso, repleto de afinidade e calor, no qual nossos filhos e agregados possam usufruir dessa cordialidade saudável com sentimento de amparo e conforto mútuo para usufruir dessa hospitalidade com segurança e prazer, pois é na falta desse calor humano que se busca o imediatismo, na fragmentação de valores e princípios, no consumo irresponsável. Nossas crianças necessitam de bons modelos para seguirem e se desenvolverem com qualidade e direcionamento”, relata.

Por isso, Batista esclarece como um convívio familiar harmonioso é importante, e ressalta que os filhos devem entender que o indivíduo é mais importante do que ganhos materiais. “É importante que façamos uma reflexão sobre nós mesmos, expressemos nosso carinho, amizade, analisemos o valor do tempo que ficamos com nossas crianças, o quanto ensinamos e aprendemos nessa troca mútua entre pais e filhos. Tal ação não tem preço, não tem tempo, está além de qualquer bônus material – nossas crianças precisam sentir, vivenciar e participar desse ensinamento, principalmente no momento em que fazemos as nossas escolhas com responsabilidade, zelo e comprometimento, enfatizando que a qualidade e a grandeza está no SER e não do TER.   sejamos modelos éticos e saudáveis para nossas crianças – “a paz ou a guerra”, não começa nas ruas, se inicia em nosso lar. Importante refletir sobre: que modelo estou sendo para os meus?”, explica.

Por isso, a base familiar é fundamental para o desenvolvimento do indivíduo e, com ela, o contato com a escola, que é um complemento do seu desenvolvimento. Juntos prepararão o indivíduo para saber lidar com diferentes fatores que acontecem no dia a dia, tanto na sociedade como também na vida privada, ou seja, no seu individual. “A escola é um espaço social com o objetivo de desenvolver ideias, valores e práticas pelos quais a comunidade apreende e compreende o seu entorno e a si mesma, e a criança, através de suas relações/interações está em contato na sua formação e desenvolvimento de valores civis, éticos, respeito às regras de convivência e tolerância, altruísmo e respeito à ecologia e ao meio ambiente”, fala.

Com a tecnologia, muitos pais se dispersam de momentos em família, se tornando menos participativos nos tempos livres, que poderiam ser mais produtivos com seus filhos. Batista explica como os pais devem conduzir o uso da tecnologia, hoje tão comum na vida de todos, com limite para terem um tempo mais presente com seus filhos e, assim, construírem um relacionamento e comunicação saudável. “Pais, vocês são modelos importantes quanto ao uso adequado de seus computadores e celulares como simples ferramentas de trabalho, e não como a peça mais importante do seu ser e existir. É preciso reorganizar essa postura, experienciar essa forma para que nossas crianças não entendam que tais ferramentas ocupem o lugar principal e mais importante do nosso lar e da convivência famíliar”, disse.

Batista ainda complementa sobre os problemas que o uso da internet pode gerar nos estudos escolares dos filhos, se estendendo para o convívio com os pais e pessoas próximas. “Infelizmente vivemos uma fase que será preciso retomar alguns conceitos e valores, os filhos competem com os pais – estão se tornando zumbis do iphone e android, tablets, skate, facebook, instagran, chats; onde só querem saber das fofocas dos famosos, mas nada sabem e não se interessam sobre as disciplinas acadêmicas. E tudo isso tem levado as nossas crianças viverem num mundo cibernético, que muitas vezes atentam contra a liberdade, a educação, sua autoestima, autonomia, o respeito aos pais ou aos outros e promove um egoísmo alarmante deixando uma sociedade cega, doente, incapaz. Famílias! É preciso urgência! É vital que haja mudança – que parem a rotina de isolamento familiar e responsabilizamos por nossas crianças, por si mesmos e pela qualidade do coletivo no qual estamos todos inseridos”, finaliza.

 

Foto: Pedagoga e pós-graduada em Psicopedagogia e Neurociência Neuza Aparecida Batista.

Crédito: Divulgação.

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