ABIMEI CONTRATA CONSULTORIA PARA PRODUÇÃO DE RELATÓRIOS SOBRE BENS DE CAPITAL IMPORTADOS

23 de julho de 2014.
Os importadores de bens capital encerraram o primeiro
quadrimestre de 2014 com queda na atividade: de janeiro a abril, entraram no
país menos 2,3% máquinas, equipamentos e acessórios em geral utilizados na
indústria, no comparativo com o mesmo período do ano passado. Em volume
negociado, o período registrou US$ 16,23 milhões. No mesmo período de 2013 o
valor foi de US$ 16.61 milhões. Mais significativa foi a queda de
máquinas-ferramenta, usadas na cadeia produtiva da indústria de transformação,
uma redução de 12,5%, um volume financeiro de US$ 81,7 milhões. No mesmo
período, a importação de peças e partes para bens de capital usados na
indústria subiu 13,2%, com volume financeiro de US$ 2.88 milhões, o que sugere que as empresas estão preferindo investir em
manutenção a em equipamentos novos.
Essas informações fazem parte do relatório de importações de bens
de capital elaborado pelo consultor, economista e professor do Insper, Otto
Nogami, contratado pela Abimei (Associação Brasileira dos Importadores de
Máquinas e Equipamentos Industriais) para consolidar os dados do setor, com
ênfase nos dois principais segmentos representados pela associação:
máquinas-ferramenta e equipamentos e acessórios industriais, os chamados meios
de produção. “Sentíamos falta de números e dados estatísticos confiáveis a
respeito da nossa atividade, que é uma parte da indústria de bens de capital.
Os dados, em geral, informam sobre a importação de máquinas para a indústria
como um todo, o que nos inclui, mas não nos representa fielmente. Até a imprensa
nos cobrava esses dados mais específicos”, comenta o presidente da Abimei,
Ennio Crispino.
Além de indicar com números o comportamento econômico da atividade
importadora de máquinas-ferramenta e equipamentos e acessórios industriais, o
relatório aponta tendências para o setor. Assim, após um trimestre de baixas
sucessivas, no início desse ano, a curva da importação de máquinas-ferramenta
finalmente começa a apontar para cima em abril, quando foram negociados cerca
de US$ 260 milhões ante US$ 246 milhões no mês anterior. A importação de partes
e peças para máquinas apresentou estabilidade no período, movimentando pouco
mais de US$ 8,6 milhões em março e em abril.  
Para Ennio Crispino, a importação consistente de partes e peças
para máquinas indica que os fabricantes nacionais de bens de capital continuam
progressivamente usando componentes importados nos produtos de seu portfólio,
além de produtos totalmente manufaturados fora do Brasil, para incorporar às
suas linhas de equipamentos. Isso porque o industrial nacional de máquinas não
possui escala que justifique a fabricação de determinados tipos de máquinas e
também, muitas vezes, não detém a necessária tecnologia para produzi-los em
suas fábricas locais.
Para o professor Otto Nogami, o relatório mostra que a
importação dos chamados meios de produção tende para uma alta até o final do
ano, devendo chegar, dentro da normalidade, a uma cifra em torno de US$ 54
bilhões, 5,9% superior a 2013. Segundo ele, a tendência para os próximos meses
é um reflexo da premente necessidade de se adequar e expandir as condições de
produção do País, caminho importante para o combate à inflação, bem como para
buscar uma melhor competitividade aos produtos brasileiros exportáveis.
Foto 1 – Presidente da ABIMEI, Ennio Crispino.
Foto 2 – Professor Otto Nogami.
Crédito: Divulgação.

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