ADENOMIOSE: CONHEÇA AS CAUSAS, SINTOMAS E TRATAMENTO

ARTIGO DO DR. THIERS SOARES

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada 10 mulheres no mundo pode ter adenomiose no período reprodutivo. A doença ocorre quando o endométrio (camada que reveste internamente o útero) infiltra o miométrio (nome dado para o músculo do útero onde o endométrio fica e, durante o trabalho de parto, é o responsável por fazer a contração uterina – uma forma de eliminar os restos do endométrio que ficaram no útero) e é diagnosticada mais comumente em mulheres com mais de 30 anos e que já engravidaram. No entanto, afeta pacientes mais jovens e sem filhos, o que pode dificultar a gravidez.

Em todo o ciclo menstrual, o corpo da mulher prepara o endométrio para uma possível gravidez. Isso ocorre porque é nas paredes internas do útero em que o embrião vai se fixar e receber todo o suprimento vascular e nutritivo necessário para o bom desenvolvimento da gestação. Quando não acontece a fecundação do óvulo, o endométrio é liberado durante a menstruação.

Assim como as causas da endometriose, a adenomiose também não possui uma origem certa, mas existem teorias e fatores de risco que podem resultar no aparecimento dessa doença. Os sintomas podem variar de mulher para mulher, sendo que algumas podem ser assintomáticas. Entre oss principais estão dor no período menstrual (dismenorreia), dificuldade para engravidar, aumento do fluxo menstrual, inchaço da barriga, infertilidade e abortos espontâneos.

A adenomiose é uma doença que pode causar muitos danos na vida das mulheres. Um dos mais comuns é a infertilidade e a dificuldade de engravidar, que acontece devido a problemas para a fixação do embrião nas paredes do útero. Mas, além disso, ela também está associada ao aborto. Tais sintomas podem ser melhorados, desde que o tratamento adequado seja realizado. Dessa forma, é possível ter uma gravidez tranquila, sem que a doença influencie de maneira negativa.

Para ter o diagnóstico correto, é necessário procurar um ginecologista especializado, que irá analisar os sintomas e pedir exames complementares. A ultrassonografia transvaginal e histerossonografia podem ser solicitadas, mas a ressonância magnética da pelve é o melhor exame para o diagnóstico e planejamento cirúrgico.

O tratamento pode ser feito por meio da retirada do útero, mas, no caso de mulheres que desejam engravidar ou ter uma nova gestação, existe a possibilidade de optar por um tratamento diferente, como uma cirurgia minimamente invasiva (robótica, laparoscópica, histeroscópica ou radiofrequência) junto a terapias combinadas (hormonais e comportamentais). Importante ressaltar que existe cura e tratamentos que permitem que a mulher possa se livrar dos sintomas e atingir os seus objetivos.

 

Dr. Thiers Soares – ginecologista cirurgião especialista em endometriose, adenomiose e miomas

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