ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

17 de julho de 2015.
COLUNA DO PROFESSOR ROBSON PANIAGO

Gerenciar a crise é um dos momentos
mais importantes de todo e qualquer administrador financeiro que se preze, pois
é nesse momento que ele mostra a que veio. Em momentos de bonança é fácil para
qualquer um administrar, mas em momentos de dificuldade é que aparecem os
grandes líderes.
Liderar é saber tirar da crise uma
iluminação para aproveitar as brechas e, na caída de alguns, se pode gerar o
crescimento do nosso negócio. Não é à toa que dizem que crise é sinônimo de
oportunidade.
Oportunidade porque em bons momentos
podemos gerar receita extra para poder atuar nos maus momentos e adquirir novos
negócios ou até ampliar o atual. Para isso, o administrador deve ser
estratégico e pensar em longo prazo.
Ser administrador financeiro é saber
viver com a solidão, pois em momentos de euforia de todos na organização ele
deve dar uma “segurada” em todos e em momentos de apatia ele que deve
estar eufórico e motivando a todos para que não deixem a peteca cair.
Aliás, falando em peteca – esse jogo
que os mineiros praticam muito bem – quero dizer que dos mesmos tiramos mais um
exemplo, que é a elegância no se portar e a discrição.
Para gerenciar a crise, o
administrador deve ser discreto como o mineiro, elegante como o gato andando na
rua e também farejador como um cão que reconhece a presa e sabe o momento certo
de atacar.
Acho que saber tirar proveito da
crise é para os líderes que sabem conseguir o melhor da equipe, de si e de seus
superiores. Ele transita de maneira rápida, flexível, elegante e sem medo da
crise. Aliás, ele agradece a crise, pois ela fortalece os trabalhos, mostra a
estratégia e desafia o status-quo. Isso sim é saber gerenciar a crise.
Com ousadia, movimentos leves e com a
certeza de que os momentos difíceis de hoje poderão se tornar o esteio de um
futuro melhor para si e para sua equipe. Isso sim é saber gerenciar a crise,
com experiência, sabedoria, amplitude de visão e discernimento.
Administrar financeiramente é para
poucos que entendem que nada como a crise de hoje para o crescimento de amanhã.
E tenho dito.
Várias profissões pedem aos seus
profissionais que desenvolvam uma visão além do alcance e que consiga
vislumbrar o futuro.
Ao administrador financeiro é exigido
isso e muito mais, pois ele tem que ver o antes, o durante e o depois. Bons
administradores devem entender do jogo de xadrez e ler  “A Arte 
da Guerra”, de Sun Tzu; “O Príncipe”, de Maquiavel e tantos
outros que cuidam das relações de poder e de estratégias.
O administrador, além de ser
intuitivo, visionário e antenado, deve perceber que a profissão exige que ele
enxergue além dos outros e seja muito mais assertivo, para que os resultados
cresçam e apareçam.
Uma pressão é positiva, no sentido de
tirar as pessoas da zona de conforto, principalmente o administrador deve estar
o tempo todo preocupado com o que virá.
Para exercer essa fascinante
profissão ele deve estar preparado para a solidão do poder e para a necessidade
de querer contar coisas e não ter a quem distribuir as mesmas.
Robson Paniago, professor da IBE-FGV e
Administrador Tecnológico & Social
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