AVALIAÇÃO GLOBAL – CADEIA PRODUTIVA E CADEIA DE DISTRIBUIÇÃO

05 de janeiro de 2015.
COLUNA DO CONSULTOR DE EMPRESAS JORGE CARLOS
BAHIA
Sem dúvida o grande trabalho dos empresários
e administradores está relacionado a busca de maneiras legais e condizentes com a
realidade, destinada a reduzir custo de produção.
Trata-se não somente de questão atrelada a
gestão de determinada atividade, mas da análise de aspectos naturais e
conceituais de qualquer negócio. A lógica é identificar os custos e despesas da
operação e com base neles realizar estudos voltados a margem de lucro e o
consequente preço final do fornecimento.
Pessoas com pouca ou nenhuma formação
acadêmica, com as quais tive oportunidade de aprender muito, sempre diziam –
não se preocupe com o quanto você vai faturar, tenha preocupação com o quanto
você gasta, faça os cálculos com ênfase nos seus custos.
Participando de recente reunião com
empresários, um deles fez colocação que me levou aos tempos de aprendizado
básico sobre administração de gastos. Ele comentou o seguinte “custo é como unha, todos os dias temos que
dar uma olhadinha, pois ele cresce e aquilo que seria um simples coçar pode
machucar e causar problemas
”.
No sentido figurativo o simples coçar a que
ele se referiu era um investimento que já estava planejado, mas outros fatores
referentes aquele assunto em análise fizeram o custo aumentar e não houve
devido acompanhamento para a ocorrência. Logo, o investimento (o coçar) não
ocorreu por falta de verba (a unha havia crescido sem que percebessem).
A redução de custos de produção está atrelada
a vários aspectos, que trazem como consequência o aumento do lucro, o aumento
da competitividade, o aumento da margem líquida e outras avaliações e medições
positivas para o negócio.
Entendemos que mercados em transformação para
alta competitividade, seja por parâmetros situacionais como demanda pontual
baseada em aspectos de localização ou tempo, seja por evolução tecnológica,
seja como resultado de desenvolvimento mercadológico, necessitam realizar essa
análise de maneira mais ampla.
A amplitude vai ao que chamamos de cadeia
produtiva e cadeia de distribuição.
A operação produtiva é parcela, sem dúvida,  importante no processo, mas a avaliação
necessita considerar aspectos relacionados a compra e a disponibilização de
insumos produtivos. Exemplo dessa avaliação fica atrelado às aquisições junto das
empresas enquadradas no Simples Nacional. A aquisição através delas pode ser
vantajosa se uma das variáveis a considerar estiver relacionada a manutenção de
saldo credor de ICMS por parte do adquirente. Assim por ter saldo credor a
empresa pode estar em situação de não recolhimento temporário do imposto, logo
a compra por fornecedor enquadrado no Simples é vantagem, pois além  de amenizar o seu fluxo de caixa vai lhe
propiciar o não aumento de saldo credor do ICMS. Outra avaliação esta
relacionada ao produto final manufaturado pela empresa ter carga
tributária  reduzida do IPI já que ela não
terá credito desse imposto na compra realizada junto ao fornecedor enquadrado
no Simples. Basicamente é uma questão que esta relacionada a trabalhar melhor o
fluxo de caixa pelo menor dispêndio e melhor prazo de pagamento tendo a
tiracolo  um acompanhamento da carga
tributária da operação da empresa em sua totalidade.
Outra extensão desta análise referente as
aquisições tem aplicação a atualização cadastral da empresa adquirente junto ao
fornecedor. É preciso especificar de forma clara e indubitável qual a
destinação a ser dada àquele item adquirido. Esse simples apontamento pode
trazer grandes diferenças nos valores de aquisições por conta de forma  de inclusão de componentes tributários no
preço.
Já, com relação a distribuição dos produtos
manufaturados pela empresa temos outros nichos de análises. Aqui o enfoque é a
avaliação quanto ao uso de filiais distribuidoras ou centros regionais de
distribuição analisando, inclusive a qualificação dos mesmos como centros
atacadistas ou varejistas já que também esse enquadramento é suporte para
diferentes cenários quanto aos impostos inclusos nos preços finais dos produtos
a serem oferecidos para consumo.
O escopo da análise,  em termos de redução, deve ter a participação
da variável custo de produção, mas precisa ser estendida a  avaliação da cadeia produtiva e a cadeia de
distribuição. O bom resultado obtido em uma etapa da análise, sem continuidade
critica,  pode ser  desperdiçado na etapa seguinte.
Jorge Carlos Bahia, bacharel em administração de empresas,
contador, consultor de empresas, palestrante, professor em cursos
profissionalizantes, sócio proprietário do Grupo Bahia Associados,  com
experiência profissional de mais de 20 anos em empresas multinacionais atuando
na área fiscal,  tributária, contábil e controladoria.
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