CAMPINAS DEVE MOVIMENTAR R$ 300 MILHÕES COM A COPA

A previsão do departamento de economia da Associação Comercial e
Industrial de Campinas (ACIC) é de que a Copa do Mundo deve movimentar R$ 300
milhões em Campinas (SP), ​faturamento que estará dividido entre os setores de
comércio e serviços.​ ​“Os setores de comércio e serviços deverão ter grande
procura nas vendas no varejo de bens eletroeletrônicos e vestuário esportivo,
bem como na movimentação dos serviços de alimentação e comunicações, e nas
vendas dos produtos licenciados pela FIFA”, afirma Laerte Martins, diretor do
Departamento de Economia da ACIC.
Os setores de comércio e serviços devem receber um acréscimo de 50 mil
pessoas em circulação, sobretudo, pela presença das seleções de Portugal e da
Nigéria. Atividades como passeios turísticos e áreas de lazer serão o grande
interesse dos visitantes. A presidente da ACIC, Adriana Flosi, ressalta que as
seleções hospedadas em Campinas devem atrair moradores da região em busca de
fotos e autógrafos. “Essa é uma oportunidade para o comércio incrementar
suas vendas, já que essas pessoas vão circular pelos centros de compra
também”, explica.​
​Sobre o setor de hotelaria, segundo informações da assessoria do
Campinas e Região Convention & Visitors Bureau, associação que reúne os
principais hotéis da região, a ocupação de leitos nos hotéis está abaixo do
esperado, mas as empresas do setor hoteleiro da RMC não descartam a
possibilidade de haver um aquecimento de última hora, devendo se preparar para
atender as eventuais demandas.​
Para aproveitar uma fatia dos R$ 300 milhões que deverão ser gerados
pela Copa em Campinas, o empresário deve estar atento às oportunidades ao seu
redor. “Ter produtos genuinamente brasileiros para serem vendidos, além do
visual da loja, ambientada com uma música brasileira de fundo, são formas de
criar uma experiência de compra para o turista”, orienta Eliana Souza,
consultora da SPin Brazil Tours.
A profissional lembra que esse grande número de visitantes não é
constituído apenas de homens que gostam de futebol, perfil geralmente esperado,
mas também por famílias, pelas delegações que acompanharão as seleções e pela
mídia que cobrirá o evento. “O pulo do gato é pensar nos detalhes. Esse turista
não tem muita paciência, por exemplo, de ficar pedindo conta no restaurante
para o garçom. O que para nós é muito, para eles é básico, e temos de entender
isso”, explica Eliana.
A Copa do Mundo não gera apenas oportunidades de lucro aos comerciantes,
mas também obrigações. Os estabelecimentos precisam estar atentos, por exemplo,
às normas para exibição dos jogos do Mundial, que só pode ser feita
gratuitamente para fins não comerciais, com público de até 5 mil pessoas e com
uma autorização que precisa ser retirada no site da Rede Globo de Televisão,
detentora dos direitos de transmissão.
O uso de símbolos e marcas oficiais da Copa do Mundo é outro ponto de
atenção, pois é proibido a qualquer estabelecimento. A imagem do Fuleco, o
mascote oficial da Copa, é um exemplo disso. Para uma orientação completa sobre
como se portar durante o evento, os empresários podem consultar o GOL – Guia de
Orientação Local, manual elaborado pelo Comitê Paulista da Copa que explica os
detalhes sobre centros de treinamento, exibição pública, uso de marcas
oficiais, dentre outros assuntos importantes.).
Segundo o calendário do comércio da ACIC, no dia 12 de junho, data de
abertura da Copa, o comércio da cidade deverá fechar às 15 horas. Nos demais
dias em que a seleção brasileira jogar, os estabelecimentos devem fechar uma
hora antes do início dos jogos.
Os horários de funcionamento e abertura foram discutidos e decididos em
reunião com representantes do comércio na sede da ACIC e serão informados
oficialmente pela entidade ao poder público e Polícia Militar. “Isso é
necessário para que tenhamos transporte garantido para trabalhadores e
consumidores, além de fiscalização e segurança. É com base no calendário do
comércio que esses órgãos planejam seu trabalho nesses dias especiais”, explica
Adriana Flosi.

Foto: Economista da ACIC, Laerte Martins e a presidente da ACIC, Adriana Flosi.
Crédito: Divulgação.
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