CAMPINAS FAZ 240 ANOS

Campinas
(SP) completa nesta segunda feira (14/07) 240 anos. Com uma população estimada pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2013, em 1.144.862 habitantes é o terceiro município do
Estado de São Paulo ficando atrás apenas de Guarulhos e da capital. Décima
cidade mais rica do Brasil, hoje é responsável por pelo menos 15 por cento de
toda a produção científica nacional, sendo o terceiro maior polo de pesquisa e
desenvolvimento do país. 
O vice presidente do Grupo de Estudos e Negócios dos
Setores Empresariais (Gênese), Tiago Aguirre disse que Campinas é berço de
personalidades transformadoras da sociedade. Do músico Carlos Gomes ao
Presidente Campos Salles, o segundo eleito pelo voto direto e com relevante
atuação no desenvolvimento da economia brasileira. “Hoje enxergamos um potencial
ecossistema empreendedor e desenvolvimentista em nossa cidade que, se bem
trabalhado, pode transformá-la em grande polo de inovação do hemisfério Sul. Olhamos
para nosso ecossistema, acreditando que sonhar grande dá o mesmo trabalho que
sonhar pequeno”, diz.
De acordo com Tiago Aguirre, no livro “Startup Communities”,
de Brad Feld, são identificados vários elementos para criar uma cidade
realmente empreendedora. “Uma questão muito interessante é que este ambiente
deve ser potencializado com distância da política partidária, ou seja, cabe aos
políticos criar ambiente que “não atrapalhe” os empreendedores e a
sociedade. Lembramos que políticas de caráter social e ambiental não devem ser
partidárias, mas políticas de Estado e que devem ser respeitadas por
todos.Neste contexto, acreditamos que Campinas precisa investir pesadamente em
educação de base de qualidade, preparando crianças e jovens para os desafios que
a nova economia exigirá como fator de inclusão”, destacou.
Para Tiago Aguirre, um ecossistema inovador oferece oportunidades e
remuneração diferenciada, porém exige conhecimentos e, principalmente,
comportamentos diferentes. “Precisamos preparar mais que pessoas, mas cidadãos
que realizem suas tarefas com paixão. O entusiasmo, que vem da paixão, cria o
desejo de buscarmos o novo, o que é melhor para nós e para o próximo. Seria
espetacular ver educadores e crianças entusiasmados nas escolas. Seria mágico o
reflexo na sociedade e na economia”, conclui.
O diretor Titular do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo
(Ciesp), regional Campinas, José Nunes Filho, disse que Campinas possui grandes potencialidades
que nos privilegiam em relação às demais cidades do estado na atração de
investimentos.
Nunes
destaca que o rico parque de conhecimento, formado pelas diversas
universidades, institutos de pesquisa e parques tecnológicos é um forte
atrativo às indústrias de alta tecnologia, que investem em inovação e mão de
obra qualificada. A excepcional posição logística, no entroncamento de grandes
e modernas rodovias e o aeroporto de Viracopos, principal do país em
movimentação de cargas, oferecem a devida competitividade logística não
encontrada em nenhuma outra cidade do país. A Replan – Refinaria do Planalto,
instalada na região representa a riqueza de uma ampla cadeia produtiva que deve
crescer consideravelmente com o evento da exploração das reservas
petrolíferas do Pré-sal. “No entanto, ainda há muito a fazer, temos sérios
problemas de mobilidade urbana a resolver, a burocracia ainda atormenta a vida
dos investidores, atrasa novos projetos e onera seus custos. A falta de um
plano diretor moderno e dirigido ao desenvolvimento sustentável cria
insegurança jurídica, a falta de segurança é hoje uma chaga do país e também
nos atinge, precisamos desenvolver um novo modal metro-ferroviário e, 
finalmente, temos que equacionar o nosso problema de escassez hídrica,
interferindo fortemente nas decisões do governo estadual e criando alternativas
próprias para diminuir nossa dependência do Sistema Cantareira, disse
Na avaliação do presidente da Rede Imobiliária
Campinas, Rodrigo Coelho, Campinas é considerada uma “cidade motor”, uma
metrópole que tem grande potencial e capacidade de gerar desenvolvimento. No
Brasil existem dez cidades consideradas “motores” e apenas Campinas não é
Capital de Estado. “Em que pese toda essa pujança econômica e
vocação cosmopolita, Campinas tem grandes desafios a superar. O primeiro deles
é a imediata revisão
da legislação sobre o uso e ocupação de solo de Campinas e a desburocratização
para aprovação de novos projetos, tornando a cidade atraente para novos
investidores. É de suma importância também a revitalização do centro
antigo da cidade, através de um Plano Diretor moderno, que preveja soluções de
mobilidade urbana e resgate o centro histórico de Campinas, viabilizando não
apenas para o comércio mas também a moradia. Finalmente, como disse Rubem
Alves, é preciso investir na educação do povo, que é a alma das cidades. “Mas
do que vale um corpo se a alma é pobre ou aleijada?”, diz.
Foto 1 – Vice presidente do Gênese, Tiago Aguirre.
Foto 2 – Diretor titular do Ciesp Campinas, José Nunes Filho.
Foto 3 – Presidente da Rede Imobiliária Campinas, Rodrigo Coelho
Crédito: Roncon & Graça Comunicações.

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