CÂNCER DE PELE TAMBÉM ATINGE ANIMAIS E TEM REPERCUSSÕES NEGATIVAS NA SAÚDE DO PET

A ocorrência do tumor de pele costuma estar associada ao excesso de exposição à radiação ultravioleta. Assim, ao mesmo tempo que é o câncer que mais atinge pessoas e animais, é também o tipo mais evitável, pois basta não ter uma rotina de permanecer por horas seguidas ao sol para que a chance de contrair a doença seja drasticamente reduzida. O câncer de pele pode ter ainda outros desencadeadores, como predisposição genética, exposição a produtos químicos, poluentes, agrotóxicos, poluição ambiental e outros tipos de radiação.

A Dra. Fabiana Vitale, especializada em Dermatologia do Hospital Veterinário Taquaral (HVT), de Campinas (SP), orienta aos tutores que a melhor forma de prevenir a doença nos pets é controlar o período em que o animal recebe a radiação solar, principalmente em horários de maior índice UVA/UVB. E como os animais são curiosos e não têm noção dos perigos que os cercam, cabe ao tutor manter o cão e o gato afastados de poluentes, produtos químicos e outros itens potencialmente cancerígenos.

Lesões suspeitas

Como descobrir se o bichinho tem câncer de pele? A doença se manifesta em cães e gatos de diversas maneiras, no entanto, a Dra. Fabiana destaca que as mais comuns são na forma de nódulos, placas ulceradas, úlceras, áreas avermelhadas ou manchas escuras acompanhadas de mudanças de textura da pele. Devido a pelagem pode ser difícil para o tutor perceber as alterações e é bom frisar que muitos animais nem apresentam sintomas. “É recomendável ficar de olho no surgimento de dor e coceira, secreção sanguinolenta nestes pontos ou mesmo pus nas áreas de lesões”, alerta.

O tutor de algumas raças mais predispostas à doença deve ficar ainda mais vigilante. De acordo com a Dra. Fabiana, entre os gatos, os persas e Maine Coon são os que mais apresentam câncer de pele e em relação aos cães, o Boxer, Golden Retriever, Buldogue Inglês e Francês e Shih Tzu são os mais acometidos.

A vigilância do tutor, no entanto, deve incidir em todas as raças de pets. É preciso atentar-se ao aspecto da pele nas regiões onde mais o tumor costuma se manifestar, como por exemplo, as orelhas, a face e as áreas clarinhas, como a barriguinha. “A pele mais clara apresenta uma estimulação extra quando atingida pela radiação ultravioleta, fazendo com que o organismo fique predisposto a contrair o carcinoma espinocelular, melanoma, hemangioma ou a hemangiossarcoma”, explica a veterinária.

Diagnóstico

Na suspeita, a recomendação é a de levar o animal a um veterinário. A Dra. Fabiana afirma que o diagnóstico do câncer de pele é feito por meio de exames específicos, como citologia de nódulos ou lesões de pele, que podem ser feitos no dia da consulta. A dermatologista salienta ainda que uma biópsia com análise histopatológica da lesão ou nódulo, bem como imunohistoquímica, acompanhado de outros exames de triagem oncológica, a exemplo do ultrassom, raio X, ressonância, tomografia e exames de sangue são outras maneiras de confirmação. “O ideal é que a ida a um veterinário seja periódica porque o especialista consegue identificar precocemente as alterações dermatológicas de qualquer origem. A Medicina Preventiva costuma ser mais efetiva e apresentar melhores prognósticos. A descoberta antecipada do câncer de pele restringe ainda a disseminação de metástases”, ressalta.

Tratamento

Dra. Fabiana enfatiza que o tratamento dos cânceres de pele depende do tipo tumoral, que é indicado por exames específicos. Porém, ela adianta que há a possibilidade de necessitar remover o nódulo ou tumor por meio de cirurgia ou buscar a melhora através da quimioterapia, imunoterapia e radioterapia.

O asseio do animal também deve ser levado em conta para a prevenção do câncer e de outras doenças. O pet deve ter sua pele e pelos limpos e hidratados periodicamente e também estar protegido de pulgas e carrapatos. “A pele, normalmente, funciona como um espelho da saúde geral do animal, se a pele está com problemas, pode ser um indicativo da presença de doenças sistêmicas. Ela também atua como uma barreira contra agentes agressores externos. Assim, se a pele está saudável, essa primeira forma de defesa do organismo funciona adequadamente como seu protetor”, observa.

 

Fotos de 1 a 3 – Dra. Fabiana Vitale, especializada em Dermatologia do Hospital Veterinário Taquaral.

Crédito: Divulgação.

 

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