CIESP CAMPINAS REGISTRA QUEDA DE MIL POSTOS DE TRABALHO

24 de setembro de 2015.
O Centro das Indústrias do Estado de
São Paulo (Ciesp) regional Campinas e o centro de pesquisas econômicas da
Facamp (Faculdades de Campinas) apresentaram as pesquisas Sondagem Industrial,
Nível de Emprego e Balança Comercial Regional, referentes ao mês de agosto. O
emprego continua em queda livre na indústria da região de Campinas. Em agosto
foram mil demissões, o quinto mês consecutivo com  saldo negativo. No
acumulado de 2015 o saldo negativo é de 2,95 mil postos de trabalho perdidos.
Nos últimos doze meses já são 5,1 mil demissões.
O índice do nível de emprego
industrial no Ciesp Campinas foi influenciado pelas variações negativas dos
setores de Máquinas e Equipamentos (-4,29%); Produtos Têxteis (-5,66%);
Produtos Alimentícios (-0,75%) e Produtos Farmoquímicos e Farmacêuticos
(-0,81%), que foram os setores que mais influenciaram o cálculo do índice total
da região.
O diretor do Ciesp-Campinas, José
Nunes Filho, disse que a tendência é de que continue a onda de demissões na
indústria. “Não se vê nenhuma luz no fim do túnel e nenhuma política de longo
prazo que garanta investimentos e que dê segurança para que o investidor
aplique dinheiro no Brasil hoje”, disse.
Para José Nunes Filho não existem perspectivas
de recuperação da indústria para os próximos meses. “Com essas taxas de juros
absurdas você não consegue faturar e ganhar para pagar os empréstimos. As
empresas estão endividadas e numa situação muito difícil. Com um processo de
desindustrialização que já vem de algum tempo, a indústria não tem qualquer
perspectiva de recuperação para os próximos meses. Pior, o quadro se agrava
ainda mais, com esses números crescentes de desemprego e com o aumento dos
índices de endividamento das empresas, apontados nas nossas pesquisas. Não dá
mais. Esse país precisa de uma liderança legítima, real e competente para tirar
esse país do fundo do poço que ele chegou. Uma orientação econômica de longo
prazo, reformas estruturais para tornar a nossa economia mais competitiva”, destacou.
Nunes rechaçou a possibilidade de
qualquer tipo de novo imposto, como a volta da CPMF. “Isso não vai passar. A sociedade brasileira não aguenta mais impostos. Nós não vamos permitir. Nós estamos fazendo uma campanha “Eu não vou pagar o pato”. Entrem no site eu não vou pagar o pato e assinem para mostrar o nosso repúdio contra ser extorquido mais uma vez por esse governo corrupto, incompetente e sem planejamento nenhum. Nós somos contra qualquer
novo imposto. O governo tem um pacote de curtíssimo prazo que não vai resolver
os problemas do país para recolher e extorquir  mais R$ 45 bilhões do povo brasileiro. Se ele
reduzir em 2% a taxa Selic, ele deixa de pagar R$ 45 bilhões ao ano de juros da
dívida pública de R$ 2,18 trilhões, que custa hoje para o povo brasileiro R$
311 bilhões de juros por ano”, declarou.
O diretor do Ciesp Campinas José
Nunes Filho, disse que o governo federal não dá o exemplo, cortando seus gastos
e reduzindo ministérios, como deseja a população. “O governo deve cortar cargos
comissionados e parar com a mordomia. Vende aquele avião de luxo e a presidente
vai em voo de carreira, que é mais barato. Não precisa ficarem hotel cinco
estrelas. O povo não fica em hotel cinco estrelas. Uma cambada que vai junto
para não fazer nada nessas viagens. Vamos acabar com as mordomias. Reduzir o luxo
daquele Palácio da Alvorada e do Palácio do  Planalto. Reduzir esse monte
de ministérios inúteis. Vamos ser mais eficientes com a máquina pública e
retornar o imposto para a população. Não precisa extorquir mais dinheiro do
povo brasileiro”, desabafou.
O diretor do Ciesp-Campinas 
se  mostrou ainda preocupado com a possibilidade de agravamento da crise
hídrica regional nos próximos meses, contribuindo para piorar o quadro
econômico. “Precisamos garantir a liberação mínima de 10 metros cúbicos por
segundo de água do Cantareira para as Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e
Jundiaí (PCJ). Um volume menor poderá comprometer as atividades das empresas da região,
gerando ainda mais recessão”, acrescentou Nunes.
Foto: José Nunes Filho, tendo ao lado o diretor do departamento de Comércio Exterior da entidade, Anselmo Riso e o economista da Facamp, José Augusto Ruas, apresentou a ficha de assinaturas para o projeto de lei de iniciativa  popular “Dez Medidas Contra Corrupção”, encabeçado pelo Ministério Público Federal, apoiado pela Fiesp e Ciesp para dar um basta à corrupção no país e o folheto da campanha  “Diga Não ao Aumento de Impostos – Não Vou Pagar o Pato”, de autoria da própria Fiesp/Ciesp.
Crédito: Roncon & Graça Comunicações.
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