COLUNA DA PROFESSORA E PSICÓLOGA ELINE RASERA

Apresentação pessoal no universo corporativo

Eline Rasera
Em todas as diferentes estruturas da sociedade, a apresentação pessoal,
quer através da maneira como nos vestimos, quer através do modo como nos
comportamos, pode ser mais ou menos adequada. Certo ou errado, concordemos ou
não, é assim que organizamos nossa vida nesse planeta. Os grupos sociais
apresentam características próprias (cada povo, uma cultura) e, em cada um
desses grupos, estabelecem-se determinadas regras e padrões de comportamento.
Em uma reunião religiosa, por exemplo, as pessoas, em geral, vestem-se
de acordo com a ocasião. Dificilmente alguém entraria numa celebração
espiritual com aparência de quem vai à praia ou com atitudes de quem está numa
festa.
A maneira como nos apresentamos e nos comportamos em diferentes lugares
e ocasiões, segue um padrão.  Assim, vamos aprendendo, desde criança, como
agir dentro da nossa cultura.  Fugir desse padrão pode, em determinadas
situações, fazer emergir sentimentos de culpa, vergonha e até de exclusão
social.
No universo corporativo não é diferente. Como em qualquer outra
estrutura social, nas empresas encontram-se regras e padrões de comportamentos
esperados. Pode variar de acordo com o tipo de organização, isto é, empresas “Soft
são mais flexíveis, com padrões menos exigentes, enquanto que empresas “Hard
são mais formais e rígidas quanto ao que se espera como conduta. O profissional
deve, então, estar atento a essas regras.
Ao ser convidado para uma entrevista de emprego, é importante conhecer
as características da empresa, seus produtos e, principalmente, sua cultura.
Esse é o primeiro passo para se preparar para essa situação. É importante,
também, de acordo com a empresa, estar empenhado na apresentação pessoal, que
vai desde o modo de se vestir até o comportamento na sala de espera e na
presença dos entrevistadores. Essa impressão que os presentes terão nesse
primeiro momento, pode fortemente impactar no sucesso ou fracasso da
entrevista
.
A mesma situação se dá, como profissional, ao realizar apresentações de
projetos, de resultados e até diante de reuniões com as equipes de trabalho.
Tentar ser demasiado descontraído, informal e até mesmo com alguma intimidade,
pode levar a interpretações diversas e passar uma imagem de pouca credibilidade
do profissional.
O psicólogo norte-americano, Karl Lashley, que estuda há muitos anos o
funcionamento do cérebro, realizou experimentos que contribuíram para
descobertas sobre como armazenamos nossos registros de pessoas e situações.
Dentre os estudos mais recentes nos Estados Unidos, identificou-se que
“…nossos olhos enviam 72 Gb de informação para o córtex cerebral por
segundo…” (O Cérebro de Alta Performance – Ed. Gente). Parte delas é
consciente, parte é inconsciente, e é com essa gama de informações que, quem
nos observa , analisa ou avalia, faz sua escolha e toma suas decisões. Não
basta ser competente e ético, parecer também é necessário para
um resultado bem sucedido. Sendo assim, convém dar um pouco mais de atenção à
apresentação pessoal, pois uma imagem adequada, certamente contribuirá para o
sucesso profissional.
Eline Rasera, psicóloga, coach e professora do
curso de Pós-graduação em Administração de Empresas da IBE-FGV.

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