COLUNA DO CONSULTOR DE EMPRESAS JORGE CARLOS BAHIA

27 de outubro de 2014.
Logística
e o gerenciamento das movimentações físicas
Jorge Carlos Bahia
Quando falamos em
logística o primeiro cenário que surge em nossa mente está relacionado à
distribuição de mercadorias.
Assim, imaginamos em
um relance de pensamento a movimentação de insumos industriais chegando a
fábrica, o produto final sendo disponibilizado para a distribuição através de
atacadistas ou varejistas  até que o
consumidor final  tenha acesso aos
mesmos.
Se puxarmos um pouco
mais pela imaginação identificaremos outros “steps” no processo. 
A fábrica, por
exemplo, para chegar ao nível de produção recebeu máquinas e equipamentos e
sempre estará tratando da atualização do seu parque instalado, os insumos que
podem ter origem nacional ou importada podem ser oferecidos de forma
diferenciadas de acordo com as quantidades adquiridas e maneira pela qual   serão armazenados, os produtos finais, quanto
a sua distribuição podem fazer uso de estabelecimentos intermediários até
chegar ao consumidor, por exemplo, depósitos fechados, armazéns, armazéns
gerais, esta armazenagem pode ocorre em nome do vendedor ou em nome do
comprador.
Enfim, as variáveis
são grandes e diversificadas em termos de análise econômica financeira e
tributária.
Dependendo do tipo de
movimentação teremos um agregado de valor ao produto, mas naquele exato momento ele será  associado ao seu valor não ao seu preço, pois
a etapa ainda não de comercialização,  é
somente de realocação de estoques dentro da mesma empresa, exemplo, uma transferência
entre estabelecimentos. Mas esta movimentação por  trazer efeitos ao preço, como por exemplo,
operações nas quais o produto já comercializado é alocado em um armazém geral,
mas o custo da armazenagem é de responsabilidade do vendedor.  Podemos ter também a situação na qual a venda
é realizada, e o produto é disponibilizado em um armazém geral em outro Estado
que não o de localização do comprador sendo que esta armazenagem interestadual
trará um agregado de impostos na movimentação da mercadoria.
A atividade
logística, de forma alguma, pode estar atrelada somente ao aspecto da  movimentação física de produtos e
mercadorias.  A análise deve ser mais
ampla e composta do que chamados visão de 360º graus.
É por este motivo que
ao tratarmos de assuntos relacionados as questões que apresentam vinculação
com  recepção, armazenagem, expedição,
transporte, rastreamento, e conferencia de mercadorias quando do recebimento,
denominamos o total destas atividades como projeto logístico.
Esta é de fato  a proposta da atividade logística, ou seja, o
gerenciamento da disponibilização  de
recursos físicos e informativos para que operações industriais e comerciais,
entre outras,   possam ser realizadas.
A movimentação de
cargas é uma das atividades e responsabilidades da logística, mas o enfoque é
bem maior e está atrelado a gestão e a administração desta disponibilidade de
recursos.
Imaginemos,
por exemplo, caso relacionado à redução de custo industrial por questões de
ociosidade da unidade fabril. Muito espaço, muitas máquinas, mas a produção não
consegue atingir o patamar desejado para esta estrutura. A proposta é  racionalizar custos. 
Vamos terceirizar a
produção, ou vamos assumir a produção de terceiros. Se formos terceirizar a
produção como faremos para disponibilizar os insumos lá no local de manufatura,
como faremos para retirar a produção, em qual local a armazenaremos? E se
formos assumir a produção de terceiro, temos espaço para armazenar insumos e
produtos acabados, a nossa infraestrutura física e gerencial para estes
controles é revestida de competência?
Este é um modelo
simplista da  análise 360º. Não
podemos  considerar somente aspectos
físicos de transporte, recebimento, armazenamento e expedição de produtos.
A logística deve
estar diretamente relacionada a esta gestão e administração de recursos
destinados a deixar à mão do usuário o que ele precisa para realizar e desenvolver
a sua expertise.
Jorge Carlos Bahia, bacharel em
administração de empresas, contador,  consultor de empresas, palestrante,
professor em cursos profissionalizantes, sócio proprietário do Grupo Bahia
Associados,  com experiência profissional de mais de 20 anos em empresas
multinacionais atuando na área fiscal,  tributária, contábil e
controladoria.
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