As vendas do comércio varejista baiano retomam, no
mês de julho, ritmo de crescimento. O volume de negócios realizados nesse mês
registrou expansão de 2,5% em relação a igual mês do ano passado. No varejo
nacional a taxa foi positiva em 6,0%, considerando a mesma base de comparação.
Segundo informações da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na análise sazonal o varejo na
Bahia registrou crescimento de 0,9%. Os dados foram apurados por essa pesquisa
realizada em âmbito nacional e analisados pela Superintendência de Estudos
Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do
Planejamento (Seplan).
comparação entre julho e junho de 2013, revela que o setor passa por um momento
de recuperação. Ainda assim, as incertezas quanto ao comportamento da economia
nos próximos meses refletem no comportamento retraído do consumidor, ratificado
pelo o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getúlio Vargas (FGV)
que recuou 4,1% entre junho e julho de 2013, para 108,3 pontos, o menor nível
desde maio de 2009 (103,6 pontos).
DESEMPENHO DO VAREJO POR RAMO DE ATIVIDADE
estado da Bahia, quando comparados a julho de 2012, revelam que seis de um
total de oito ramos que compõem o Indicador do Volume de Vendas apresentaram
resultados positivos. Móveis e
eletrodomésticos (15,7%)
Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos
(15,7%); Livros, jornais, revistas e
papelaria (14,4%); Outros artigos
de uso pessoal e doméstico (12,6%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo
(3,4%); Tecidos, vestuário e calçados
(1,8%). Para os
subgrupos de Super e hipermercados,
de Móveis, e de eletrodomésticos os resultados
apurados foram positivos em 7,6%, 13,4% e 18,8%, respectivamente.
O comportamento das vendas no mês de julho foi
determinado pelos segmentos de Móveis
e eletrodomésticos, Artigos
farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos e Hipermercados, supermercados, produtos
alimentícios, bebidas e fumo. O maior impacto coube ao segmento de Móveis e eletrodomésticos que
apresentou uma expansão nas vendas na ordem de 15,7%. Esse comportamento é
atribuído à política de incentivo do governo ao consumo, através da manutenção
de alíquotas de IPI reduzidas para os artigos desse segmento. Quando
desagregado, observa-se que a maior contribuição veio das vendas de
eletrodomésticos.
baiano para o mês de julho foi do segmento de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos
que registrou um crescimento de 15,7% nas vendas. A essencialidade dos
produtos comercializados no ramo, associada ao aumento da procura por
medicamentos antivirais, e à expansão da massa de salários são os principais
aspectos explicativos para esse comportamento.
Com a expansão de 3,4%, o segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios,
bebidas e fumo apresentou a terceira maior contribuição para o
aquecimento dos negócios, nesse mês, para o varejo baiano. Apesar da sua
extrema relevância para o setor, as vendas da atividade estão reprimidas em
função do comportamento dos preços dos alimentos, que cresceram acima do índice
geral no período de 12 meses.
negativamente, têm-se: Combustíveis
e lubrificantes (-13,2%); e
Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-11,5%). O
segmento de Combustíveis e
lubrificantes registrou a décima queda consecutiva. Esse comportamento
pode ser atribuído a alguns fatores como: ao crescimento exacerbado dos postos
de Bandeira Branca que ao praticar guerras de preços acabam prejudicando os
postos autorizados; e problemas com a seca e infraestrutura logística. Além
desses aspectos, pode-se segundo informações do Sindicombustíveis atribuir esse
comportamento ao aumento da carga tributária praticada sobre o Diesel.
Quanto ao comportamento de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação observa-se
uma variação negativa nas vendas pelo segundo mês consecutivo. Esse
comportamento está relacionado com o processo de desvalorização do real frente
ao dólar, pois há desestímulo a compra de produtos importados. Nesse aspecto,
como uma grande parte dos produtos comercializados pela atividade tem
componentes importados, as vendas acabam sendo atingidas.
O
comércio varejista ampliado, que inclui o varejo e mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, apresentou em
julho acréscimo de 2,0% nas vendas. No acumulado dos últimos 12 meses a
expansão no volume de negócios foi de 5,8%.
0,5% em julho, em relação a igual mês do ano anterior. Esse resultado é
atribuído ao efeito base, uma vez que em igual mês do ano passado as vendas
estavam aquecidas em função dos incentivos concedidos pelo Governo. Nesse
período, o IPI sobre carros 1.0 ficou em zero e o imposto sobre as demais
cilindradas foi reduzido pela metade. No que tange ao segmento Material de Construção, este
apresentou em julho crescimento de 8,5% nas vendas em relação a igual mês do
ano passado. Esse comportamento, muito provavelmente é resultado da desoneração
da folha de pagamento de empresas do segmento verificada a partir do mês de
abril de 2013, refletida na queda dos preços no último mês de maio.