CONSULTORIA AMBIENTAL REGISTRA CRESCIMENTO EM CAMPINAS

01 de agosto de 2014.
O Decreto
nº 18.306, de 25 de março de 2014, que regulamenta os procedimentos de
licenciamento e controle ambiental de empreendimentos e atividades de impacto
local pela secretaria municipal do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável de Campinas que trata da lei complementar nº 49 de 20 de dezembro
de 2013 referente a destinação correta dos resíduos sólidos visando o controle
ambiental do município, vem impulsionando o crescimento de consultorias
ambientais na cidade. Agora, todos devem possuir critérios mínimos de
sustentabilidade para aprovação de qualquer projeto realizado em solo municipal,
que englobam aspectos como estudos viários, impacto no meio ambiente e na
vizinhança, política de eliminação de resíduos sólidos, entre outros. Até mesmo
projetos de casas residências acima de determinada metragem são obrigados a se
adequarem aos novos padrões.
Com isso,
tanto as construtoras quanto pessoas físicas estão contratando as consultorias
ambientais, movimentando um mercado que era praticamente inexistente em
Campinas. O Grupo Avanth, por exemplo, que já atuava nas áreas de consultoria
jurídica, financeira e contábil, resolveu investir neste segmento e criou a
Avanth Ambiental, consultoria voltada ao auxílio na implementação de
iniciativas de sustentabilidade. Entre suas especialidades estão projetos de
gestão de resíduos sólidos, consultoria jurídica ambiental, educação ambiental,
certificações, Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança (EIV), entre outras.
André
Brunialti, um dos sócios da empresa, disse que esse mercado da área ambiental é
muito vasto para atuação, desenvolvimento e crescimento. “Do ano passado para
cá a consultoria ambiental já cresceu mais de 100% em números de negócios, em
faturamento e até em relação à nossa estrutura e a proposta para este ano e até
2015 é manter , inclusive esse volume de crescimento em razão da demanda e até
da baixa concorrência de mercado”, diz.
André
Brunialti afirmou que hoje o conceito de sustentabilidade está diretamente
ligado com a redução de custos, a um aumento de ganho, a uma variação de
valores muito grandes dentro da empresa porque com essas novas leis, as
empresas estão tendo que se adaptar a um novo ciclo dentro do seu processo
produtivo. “Esse ciclo passa a ter hoje um sistema circular de seus produtos
quando os recursos naturais que antigamente eram usados como fonte principal de
matéria prima, eles acabam sendo hoje uma fonte repositora porque o próprio
material reciclado acaba sendo a principal fonte de matéria prima das empresas,
o que diminui o custo delas”, explica.
Segundo
ele a empresa hoje não consegue sozinha criar um sistema de reciclagem do seu
produto. “Hoje mesmo que você divida as empresas por segmento de mercado eu não
consigo alinhar um processo único para um determinado segmento. Isso em razão
das empresas terem uma variedade muito grande de produtos, de processos
internos, de procedimentos industriais, então eu preciso fazer um trabalho
individualizado para cada uma dessas empresas avaliando qual é o produto ou
qual é o resíduo que é gerado na sua atividade, qual o sistema de produção que
ela aplica na execução dessa atividade e a partir daí começar a criar uma
estratégia, um ciclo de reciclagem próprio para aquela empresa, para aquele produto
que ela gera”, diz.

Para
André Brunialti o papel principal da consultoria não é apenas orientar a
empresa num processo de reciclagem como também estabelecer parcerias para um
estudo e avaliação de qual é a melhor utilização daquele produto que está sendo
reciclado, onde ele pode ser utilizado, como ele pode ser reutilizado não
apenas na atividade que vem sendo desenvolvida, mas aquele produto reciclado
acaba se transformando em uma nova alternativa de renda para a empresa que o
gerou também.
A gerente
da área ambiental do Grupo Avanth, Paula Arnoldi, disse que a empresa trabalha
com uma equipe multidisciplinar. “A gente tem geólogo, engenheiro civil,
biólogo, engenheiro ambiental para atender a de manda e estudos específicos. A
gente elabora, confecciona e estuda para emitir laudos técnicos”, explica.

Paula Arnoldi disse ainda que a grande preocupação é a existência de locais efetivos à destinação porque atualmente o empreendedor atualmente tem um gasto muito elevado. “É uma obrigatoriedade você comprovar para onde está destinando seus resíduos sólidos. A empresa não pode ter isso armazenado, então ela precisa manter contato com transportadoras, pois conforme a geração desses resíduos serem retirados o estabelecimento e direcionado para um lugar legalizado. O problema é que isso é caro, pois os locais existentes para serem destinados são pequenos e a demanda é volumosa”, diz.

André Brunialti explica que em função do problema da falta de espaço e da demanda gerada é que se torna importante para as empresas a contratação de uma consultoria que esteja bem estruturada.

Foto 1 – Gerente da área ambiental do Grupo Avanth, Paula Arnoldi e um dos sócios do Grupo Avanth, André Brunialti.
Foto 2 – Paula Arnoldi.
Foto 3 – André Brunialti

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