CRISE OU TRANSFORMAÇÃO? QUAL MOMENTO QUE ESTAMOS VIVENDO?

13 de outubro de 2015.
ARTIGO DE HELENA RIBEIRO
Venho observando o comportamento do mercado desde o início da chamada
crise e pude constatar que, na verdade, estamos passando por transformações.
Acredito que a economia está seguindo uma teoria evolutiva. Assim como a
seleção natural defendida por Charles Darwin, as empresas para sobreviverem
estão precisando se adaptar ao atual cenário político, econômico e ambiental do
país. Quando digo se adaptar, estou me referindo a visualizar as oportunidades
e criar produtos e serviços que atendem à demanda que o mercado está almejando
no momento.
Alguns setores que já se atentaram para esse momento de transformação,
além de estarem driblando bem este cenário de incertezas, estão ganhando força
e tendo uma excelente lucratividade. Um exemplo claro são as usinas de energia
eólica que em tempo de escassez de água se tornam um negócio promissor. Elas
surgem como alternativa para cobrir a demanda que as usinas hidrelétricas não
estão conseguindo atender. O vento, matéria prima das usinas eólicas é
abundante, está disponível em todos os lugares e o mais importante é que esta
fonte de energia é renovável, limpa e mais barata.

Outro setor que não sentiu a crise e está em
franco desenvolvimento é o setor tecnológico. Acredito que com o avanço da
tecnologia e a facilidade em acessar a rede, as pessoas despertaram o desejo de
consumir cada vez mais tecnologia. O que antes era supérfluo, agora se tornou
uma necessidade. O acesso à internet em domicílios chegou a 85,6 milhões de
brasileiros, o equivalente a 49,4% da população, segundo indica pesquisa
divulgada pelo IBGE em abril de 2015. Esse dado comprova minha observação.

O agronegócio teve também um desempenho melhor que o resto da economia.
A produção de carnes está em crescimento. O Brasil é responsável por 17% da
produção de carne no mundo, ficando em segundo lugar, perdendo apenas para os
EUA, com 19%. A expectativa é que em cinco anos o país ocupe a liderança. De
acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec)
– 2015, a exportação de carne bovina brasileira atingiu US$505,8 milhões em
julho, considerado o maior faturamento do ano. A redução do rebanho
norte-americano, influenciada pela seca e o abate de matrizes, favoreceu ainda
mais as exportações de carne in natura do Brasil, de acordo com a Confederação
Nacional da Carne (CNA) – 2015. Mas para alcançar bons resultados no mercado é
necessário se adequar às novas estratégias para que tenha uma produção
eficiente, com qualidade e resulte num negócio sustentável, diz matéria
publicada no site Nordeste Rural.
Parece que para alguns setores não estamos em crise, por isso defendo
que estamos em transformação e que cada vez mais precisamos estar atentos às
mudanças e sermos flexíveis. O ditado “devemos dançar conforme a música”
retrata muito bem o momento que estamos vivendo.
Helena Ribeiro é CEO Grupo EmpZ e mantenedora da Faculdade Esup,
certificada CEO FGV. Presidente do Comitê Estratégico Business Affairs
Committee da Amcham Goiânia e do Lide Mulher Goiás. Diretora da Acieg,
conselheira do programa Women Winning Brasil da Ernst & Young Terco, além
de certificada em diversas premiações voltadas a Gestão de Pessoas e Recursos
Humanos.
Compartilhe:
Facebook
Twitter
LinkedIn

Veja também

CONSTRUÇÃO CIVIL ABRE 28,6 MIL NOVOS EMPREGOS EM MARÇO

A indústria da construção abriu 28.666 empregos em março, um crescimento de 1,01% em relação …

Deixe uma resposta

Facebook
Twitter
LinkedIn