CRÔNICA DE UMA MORTE ANUNCIADA

30 de setembro de 2015.
ARTIGO DO PROFESSOR ROBSON PANIAGO
O mundo passa por grandes
transformações e o Brasil caminha a passos largos para mudanças que no futuro
veremos se trarão bons ou maus resultados para as próximas gerações.
Na economia entendemos que o pensamento
de FHC e sua famosa teoria da dependência nunca estiveram tão atuais e vivemos
numa economia “periférica” bastante dependente das economias ditas “centrais”.
Portanto, uma crise nas economias
centrais, não pode ser tratada e nem se tornará uma “marolinha” e sim um
tornado de proporções épicas e bastante explosivas.
Nesse sentido administrar um país com
um governo central, com uma presença estatal forte e com uma voracidade por
aumentar os impostos seria uma política extremamente deficiente para o momento
e para a solução dos problemas apresentados.
Unindo a tudo isso temos uma liderança
bastante precária e com parcos conhecimentos de gerenciamento, movimentação
política desastrada e viés intelectual e moral, para conduzir o navio Brasil
com estatura de anão.
Muitos brasileiros, desencantados com
tudo isso que se vê, preparam-se para mudar para outros países e tentar uma
solução além mar. Pois o mar aqui não está para peixe e tem muito tubarão
comendo outros numa autofagia de busca de espaços e de sobrevivência nunca
vistos.
Vamos ter que entrar em estado de
choque para encontrarmos novos ares e condutores do navio Brasil e para que
possamos sobreviver precisaremos de muita criatividade, sangue, suor e
lágrimas.
E aqueles milhões de brasileiros que
não votaram nessa estrutura que ai está acreditando que poderiam governar o
país utilizando do populismo exacerbado de bolsas famílias e que tais que
tentam tirar pessoas da zona de pobreza, mas que não oferecem continuidade nesse
caminho.
Mais do que nunca vemos que falta
planejamento, direção, foco e conhecimento para dar um norte e um rumo
consistente ao país.
Juntando tudo isso com nossa herança
lusitana patrimonialista e com um estado inchado, paquidérmico e muito
burocrático é o caminho mais próximo do precipício.
Tudo isso leva a crônica de uma morte
anunciada e precisamos repensar o modelo político, trabalhista, tributários e
tantos outros se quisermos sobreviver e nos tornarmos uma economia central.
Robson Paniago é doutor em Ciências Empresariais pela Universidad Del
Museo Social Argentino, mestre em Administração pela Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo, especialista em Marketing pela Escola Superior de
Propaganda e Marketing – SP e Graduado em Administração pela Universidade São
Marcos – SP. Atualmente é professor da IBE-FGV.
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