ECONOMISTA DO BANCO SANTANDER AFIRMA QUE 2015 VAI SER DIFÍCIL PARA A ECONOMIA BRASILEIRA

25 de fevereiro de 2015.
O economista-chefe do Banco Santander Brasil, Maurício Molan,
afirmou nesta terça feira (24/02), em Campinas que o ano de 2015 será muito
difícil para a economia brasileira. Ele salientou, entretanto, que o ano que
vem poderá ser melhor, se a equipe econômica do governo federal fizer os
ajustes que vem prometendo. Para o economista a serie de ajustes que a economia
vai ter que passar vão levar a um crescimento muito baixo e a indústria deve
sofrer um pouco mais num primeiro momento, mas que será beneficiada pelo
ajuste, principalmente da taxa de câmbio. “Quando começar a ver  os resultados do ajuste, a gente vai ver uma
retomada do investimento com uma economia mais competitiva em função de um
câmbio depreciado. Provavelmente vai se ver em 2016 o setor industrial
performando melhor que o de serviços”, avaliou.
Já no segmento de bens duráveis, Maurício Molan, acredita que
os ajustes também vão afetar no curto prazo, principalmente pelo ciclo de
crédito, onde se tem uma redução da disponibilidade de crédito que afeta de uma
forma mais generalizada os bens duráveis. “Da mesma forma  no momento da retomada é o crédito que puxa a
retomada da economia e portanto o segmento de duráveis, automóveis e
consequentemente autopeças”, disse.
O economista chefe do Banco Santander Brasil, Maurício Molan, disse
ainda que o cenário mais provável é de que a economia brasileira entre numa
recessão e desemprego com uma retração ao redor de 0,9% do Produto Interno
Bruto (PIB). “Pode ser maior esse grau de retração se você tiver aí interrupção
no fornecimento de energia e água. No entanto pode ser melhor se o ambiente
externo melhorar um pouco, principalmente se tiver uma recuperação de preço de
commodities”, analisou.
Maurício Molan projeta que o dólar ao final do ano atinja o
patamar de R$ 2,94. “A gente entende que as variações da moeda estão muito
ligadas ao que está acontecendo no 
mercado internacional. O dólar está se valorizando contra as moedas em
geral e os preços das commodities estão caindo. Essa pendência deve continuar
até que se busque um novo equilíbrio que na nossa visão acontecerá com o em
relação ao Real em R$ 2,94”, completou.
Molan não poupou críticas ao ex-ministro Guido Mantega e sua
equipe por conta de gastos excessivos. Em contrapartida, revelou-se otimista
quanto ao trabalho do novo ministro da área,  Joaquim Levy. Segundo
Molan, Levy saberá promover os ajustes necessários à economia, para que o
Brasil, em 2016, volta a crescer.
O economista disse ainda que o Brasil tem muitas condições de
vencer os desafios deste ano, mas salientou que a população terá que pagara
parte da conta, com desemprego e inflação.

Molan participou de uma palestra promovida pelo
IBEF (Instituto Brasileiro de Executivos Financeiros) Campinas, que teve como
tema “Perspectivas Econômicas para 2015”.

Foto: Economista-chefe do Banco Santander, Maurício Molan.
Crédito: Gustavo Tílio.
Compartilhe:
Facebook
Twitter
LinkedIn

Veja também

ADVOGADA DESTACA A IMPORTÂNCIA DA SAÚDE MENTAL NO AMBIENTE DE TRABALHO

Um levantamento do Ministério da Previdência Social mostra que depressão e ansiedade são responsáveis por …

Deixe uma resposta

Facebook
Twitter
LinkedIn