EDUCAÇÃO EXECUTIVA SEGUE NA CONTRAMÃO DA CRISE

12 de abril de 2015.
Embora o
índice de desemprego tenha registrado alta de 5,9% em fevereiro, a educação
executiva tem apresentado um movimento contrário, chamado pelos especialistas
de contraciclo. A informação é da IBE-FGV – Institute Business Education –
Fundação Getulio Vargas.
Para os
especialistas, a principal razão desse movimento é a visão de oportunidade para
aprimorar as qualificações e ocupar os cargos de gestão e liderança disponíveis
no mercado de trabalho. “Quanto mais qualificado estiver o profissional,
menores são as chances de ele entrar para a estatística do desemprego”, comenta
Heliomar Quaresma, presidente da IBE-FGV.
Os
cursos e modalidades mais procurados são liderança, negociação e finanças,
todos necessários para o bom desenvolvimento do profissional no mercado de
trabalho.  Segundo a opinião da consultora de Direitos Humanos, Rúbria
Coutinho, além de possuir essas três áreas, o executivo deve também saber se
organizar e se auto-avaliar, ou seja, ele deve saber o que está faltando em seu
perfil profissional e pessoal para poder melhorar a cada dia com cada nova
experiência.
Os
cursos executivos já oferecem estruturas que vão além do simples conceito da
sala de aula. No curso de Pós-Graduação em Administração de Empresas da
IBE-FGV, por exemplo, além do conhecimento teórico e prático, o aluno ainda
recebe avaliação e dicas de um coaching sobre as necessidades pessoais e
profissionais para alavancar a carreira. “Os cursos são bastante aprofundados e
apresentam conhecimento integrado a métodos avançados de gestão da produção; ao
mesmo tempo, avaliam as experiências propostas e prospecta novas
possibilidades”, conta Quaresma.
Além
disso, os números apontam outra tendência: a de que existe um aumento de alunos
que pagam os estudos com o próprio dinheiro e de alunos que procuram aulas às
sextas à noite e aos sábados em tempo integral, ressaltando a hipótese de que
há mais executivos vindo de fora da capital para estudar.
Segundo
o professor de Economia da IBE-FGV, Múcio Zacharias, a crise é uma excelente
oportunidade para corajosos. Zacharias defende que é hora dos líderes tomarem
as decisões com foco no futuro. “A crise não vai durar para sempre. Somente
aqueles que estiverem melhor preparados e informados é que conseguirão ter uma
visão mais apurada para decidir. Se tiver algum corajoso, a hora de investir é
agora”, destaca.
O
momento da economia está provocando reações no mercado de trabalho, inclusive
forçando os executivos a voltarem para a sala de aula. Neste começo de ano,
grande parte das escolas de negócio brasileiras detectaram aumento na procura
por seus programas. Na Fundação Getulio Vargas (FGV), as matrículas nos cursos
abertos de curta duração, cujas aulas começavam em março e abril, aumentaram
cerca de 30% na comparação com os mesmos tipos de programa no início de 2014.

Foto: Presidente da IBE-FGV, Heliomar Quaresma.
Crédito: Divulgação.

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