EMPRESAS QUE INVESTIRAM EM SEGURANÇA DO TRABALHO E MEIO AMBIENTE SE DESTACAM EM MEIO À CRISE HÍDRICA

02 de março de 2015.
A pior crise hídrica de São Paulo que, em efeito dominó, pode atingir
todo país principalmente a economia, tem pautado os noticiários de todo o país.
De acordo com a engenheira de segurança do trabalho e meio ambiente, Marcia
Ramazzini, desde 2011 o aumento do consumo de água e energia elétrica em todo o
estado cresceu nas áreas residenciais e comerciais, porém, nas industriais
manteve-se estável, inclusive com pequena redução. “Isto, graças aos programas
ambientais implantados pelas companhias com metas de redução dos dois bens de
consumo”, declara.
Ela explica que a cultura de segurança e meio ambiente, instaurada com
um eficiente programa de gestão integrada é essencial para a implantação de
diversas outras medidas corporativas, como a norma de qualidade ISO 14:000
(focada em gestão ambiental), em que as empresas passaram a implantar políticas
e programas de conscientização e de educação, não só dentro delas, mas também
junto à comunidade.
É também o caso da ISO 50.001 de sistema de gestão energética, visando a
melhoria do desempenho, redução das emissões de carbono e de consumo de
energia, dentre outros. “Hoje tais certificações são diferenciais e exigências
na prestação de serviço de empresas de grande porte(multinacionais) e
exportação, tornando-se fundamental para aquelas que desejam sobreviver neste
mercado”, afirma a especialista.
Segundo a engenheira, as empresas ambientalmente corretas além de operar
com menor custo, devido a economia de água e energia, também terão maior
sobrevida por saber reaproveitar esses produtos na escassez, além de fazerem um
marketing social. “Os funcionários das empresas certificadas também tornam-se
agentes multiplicadores levando para casa a cultura adquirida. É pouco, mas já
é um começo. Na verdade, a iniciativa privada e a sociedade se conscientizando
da importância de manter os recursos naturais e assim a sustentabilidade das
futuras gerações, já estão um passo à frente do governo que não fez e continua
não fazendo sua parte”, avalia.
Mais do que participar do processo, os colaboradores também acabam
atuando como agentes multiplicadores. “Eles levam para a casa a cultura
recebida e passam a influenciar o meio em que vivem”, diz.
A especialista Marcia Ramazzini destaca a importância da água de chuva. “Desde
os primórdios da civilização, a água de chuva é um recurso natural amplamente
utilizado. Atualmente há programas para o reuso tanto em países desenvolvidos
quanto em países em desenvolvimento sub existem graças a ela como Índia,
Paquistão, Nepal, Sri Lanka que utilizam para consumo humano, irrigação e
outros”, conta.
Segundo ela, a qualidade da água de chuva varia dependendo da poluição
atmosférica local, mas apesar da variação, na maioria das vezes a condição é
satisfatória. “A Organização Mundial de Saúde estabelece padrões para garantir
a segurança e potabilidade das águas, como parte de uma estratégia global
visando manter a integridade da saúde humana. Projetos complexos com
reservatórios muito distantes dos grandes centros, até simples cisternas para
aproveitar as águas pluviais, são adotados com êxito em diversos lugares do
mundo menos no Brasil, onde 75% de toda energia elétrica também é proveniente
de hidrelétricas”, explica.
Para ela, o caos intensificou-se em 2011, e a responsabilidade é do
governo. “Naquela oportunidade não foram iniciadas campanhas de
conscientização, racionamento e buscadas alternativas para o caso de escassez. As
usinas termoelétricas, que eram para ser utilizadas em casos de emergência
estão sendo utilizadas ininterruptamente há dois anos e gerando gastos
altíssimos. Usinas oriundas de energia limpa tais como gás e eólicas são
minorias no pais. Isso demonstra a falta de preparo para lidar com a situação”,
enfatiza.
Marcia ainda aponta que a iniciativa privada investiu, até 2005, R$ 1
bilhão em projetos de Pequenas Centrais Hidrelétricas, as PCH, que até hoje
aguardam aprovação do Governo para entrar em funcionamento.
Foto: Engenheira de segurança do trabalho e meio ambiente, Marcia Ramazzini.

Crédito: Divulgação.

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