EXPECTATIVA DE INFLAÇÃO DOS CONSUMIDORES AUMENTA

23 de outubro de 2014.
O Indicador que mede
a Expectativa de Inflação dos Consumidores nos
12 meses seguintes, da Fundação Getulio Vargas , passou de 7,3% em setembro
para 7,5% em outubro, retornando ao nível de abril de 2014, o mais alto desde
novembro de 2005 (7,8%). Observado em médias móveis trimestrais, o indicador
passou de 7,2% para 7,3%.

Segundo a economista Viviane Seda Bittencourt,
da FGV/IBRE, o aumento das expectativas de inflação futura pelos consumidores
advém possivelmente da percepção de aceleração recente da inflação, que se
mantém pressionada, principalmente pelo grupo alimentação.

Além da inflação alta, outros desafios
que o governo eleito terá que enfrentar é a perspectiva de desaceleração do
PIB, o aumento dos índices de desemprego e uma reforma tributária. Se a
regra orçamentária de qualquer família é gastar menos do que se ganha, a mesma
regra é válida para o Governo Federal, apesar do atual governo não seguir o
exemplo ideal de controle orçamentário. 
Nos últimos 10 anos, o número de
ministérios quase dobrou, há registros do aumento de despesas acima da cota de
arrecadação, orçamentos expostos a expectativas demasiadas, mudança de
metodologias técnicas para apuração dos índices controlados, contrariando os
princípios da Contabilidade Pública, e falta de credibilidade. “Sem dúvida
alguma o atual governo não é sinônimo de bom modelo de gestão, muito pelo
contrário, e um dos desafios para 2015 será o ajuste das premissas
orçamentárias com o objetivo de equilíbrio das contas públicas”, expõe o
economista da IBE-FGV, Múcio Zacharias.
Nos últimos anos o país não respeitou
contratos, criou subterfúgios contábeis para melhorar os indicadores, mudou
regras de indicadores econômicos e implantou crises nos órgãos estatais de
divulgação dos índices econômicos (IBGE-IPEA). “Todos esses acontecimentos
denotam um grande movimento de falta de credibilidade e o próximo governante,
sendo a continuidade ou não, deverá reverter esse quadro”, diz Múcio. “Mudança
é a palavra do momento e por isso todos devemos nos conscientizar de que a
responsabilidade não poderá ser compartilhada, é pessoal e intransferível”,
completa.
Foto: Economista e Professor da IBE-FGV, Múcio Zacharias.
Crédito: Divulgação.
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