24 de março de 2016.
O Instituto
Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) divulgou nesta quinta feira (24/03) os
resultados da pesquisa sobre estratégias publicitárias, quantidade de açúcar,
gorduras totais e saturadas e custos dos ovos de Páscoa em 2016. A análise
realizada entre os dias 7 e 18 de março, em São Paulo, com 68 produtos de 8
marcas diferentes, selecionou os ovos que possuem algum tipo de prática abusiva
e identificou elementos de comunicação presentes.
Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) divulgou nesta quinta feira (24/03) os
resultados da pesquisa sobre estratégias publicitárias, quantidade de açúcar,
gorduras totais e saturadas e custos dos ovos de Páscoa em 2016. A análise
realizada entre os dias 7 e 18 de março, em São Paulo, com 68 produtos de 8
marcas diferentes, selecionou os ovos que possuem algum tipo de prática abusiva
e identificou elementos de comunicação presentes.
O levantamento
constatou que os apelos mais frequentes são os visuais, como embalagens
coloridas e o uso de personagens, apesar de serem consideradas ilegais pelo
Código de Defesa do Consumidor (CDC) e pela Resolução 163/3014 do Conanda.
“Outra irregularidade acontece quando os ovos vêm acompanhados de verdadeiros
brinquedos e não meros brindes. Isso representa venda casada, que é vedada pelo CDC, já que o presente não pode
ser comercializado separadamente”, explica a nutricionista do Idec, Ana Paula
Bortoletto.
constatou que os apelos mais frequentes são os visuais, como embalagens
coloridas e o uso de personagens, apesar de serem consideradas ilegais pelo
Código de Defesa do Consumidor (CDC) e pela Resolução 163/3014 do Conanda.
“Outra irregularidade acontece quando os ovos vêm acompanhados de verdadeiros
brinquedos e não meros brindes. Isso representa venda casada, que é vedada pelo CDC, já que o presente não pode
ser comercializado separadamente”, explica a nutricionista do Idec, Ana Paula
Bortoletto.
Com relação a qualidade
nutricional, a pesquisa destaca que os produtos ultrapassam os limites
recomendados pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). O açúcar, por
exemplo, é o primeiro item da lista de ingredientes de todos os ovos. Também
foram encontrados emulsificantes e aromatizantes. Portanto, não são
recomendados como parte de uma alimentação adequada e saudável. “Claramente, os
benefícios do cacau não vão ser compensados pela quantidade de açúcar e gordura
presentes”, diz Bortoletto.
nutricional, a pesquisa destaca que os produtos ultrapassam os limites
recomendados pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). O açúcar, por
exemplo, é o primeiro item da lista de ingredientes de todos os ovos. Também
foram encontrados emulsificantes e aromatizantes. Portanto, não são
recomendados como parte de uma alimentação adequada e saudável. “Claramente, os
benefícios do cacau não vão ser compensados pela quantidade de açúcar e gordura
presentes”, diz Bortoletto.
Por fim, as enormes
diferenças de valores entre ovos de Páscoa e as barras reforçam ainda mais o
problema. Em média, 100g de chocolate dos ovos custa 449% mais caro do que a
mesma quantidade de chocolate em barra. Ou seja, o preço médio da barra é de R$
7,74, enquanto que o do ovo é de R$ 24,62. Para a nutricionista, a presença de
publicidade infantil e o formato do chocolate faz com que o consumidor pague
muito mais caro, por menos produto.
diferenças de valores entre ovos de Páscoa e as barras reforçam ainda mais o
problema. Em média, 100g de chocolate dos ovos custa 449% mais caro do que a
mesma quantidade de chocolate em barra. Ou seja, o preço médio da barra é de R$
7,74, enquanto que o do ovo é de R$ 24,62. Para a nutricionista, a presença de
publicidade infantil e o formato do chocolate faz com que o consumidor pague
muito mais caro, por menos produto.
O Idec espera que a
recente decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) reverta esse cenário. “A situação se torna ainda mais abusiva por
estimular o consumo de produtos que não são recomendados com parte de uma
alimentação saudável”. finaliza Bortoletto.
recente decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) reverta esse cenário. “A situação se torna ainda mais abusiva por
estimular o consumo de produtos que não são recomendados com parte de uma
alimentação saudável”. finaliza Bortoletto.
Nos próximos dias, o
Instituto irá divulgar uma lista com as marcas avaliadas e as respostas das
empresas sobre os resultados. O material será encaminhado para os Ministérios
da Justiça e Saúde, afim de que os órgãos tomem as devidas providências.
Instituto irá divulgar uma lista com as marcas avaliadas e as respostas das
empresas sobre os resultados. O material será encaminhado para os Ministérios
da Justiça e Saúde, afim de que os órgãos tomem as devidas providências.
Foto: Venda de ovos de páscoa.
Crédito: Divulgação.