EDUCADOR FINANCEIRO ALERTA SOBRE CUSTO X BENEFÍCIO DOS OVOS DE PÁSCOA

24 de março de 2016.
A cada Páscoa que
chega é notável o aumento do preço dos ovos de chocolate. Os “motivos” dos
fabricantes são diversos: desde a forma utilizada para a fabricação até o
cuidado com o transporte dos produtos. Isso pode explicar em parte o valor
praticado, mas, no final das contas, o consumidor é que tem que se fazer a
pergunta: vale a pena?
Um comparativo que é
simples de se fazer é checar quando custa uma barra de chocolate e um ovo,
ambos da mesma marca, avaliando bem a quantidade de produto que vem em cada um.
A diferença, dependendo do caso, pode chegar a mais de 400%, o que é uma
quantia significativa até mesmo na compra de apenas uma unidade, quanto mais na
compra de vários.
Para o presidente da
Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), Reinaldo Domingos, o
que conta é o desejo versus a capacidade financeira. “É hora de pararmos de
agir por impulso, de sermos levados pela ‘magia da Páscoa’ que o comércio nos
transmite. Se eu quero uma marca específica, porque tem algum diferencial, e eu
tenho dinheiro para isso, ótimo. Caso contrário, esse é o momento de começarmos
a ser mais conscientes e buscarmos alternativas mais econômicas”, diz.
Domingos reforça a
ideia de que é preciso combater os abusos e excessos praticados no mercado e
ficar muito atento para uma data comemorativa não ser a causadora de um
desequilíbrio financeiro familiar. “A proposta não é acabar com a tradicional
troca de chocolates na Páscoa, mas sim e refletir sobre a situação como um
todo. Imagina ficar meses pagando por um produto que é perecível e só
representa um único dia? Não podemos causar um dano desse às nossas finanças,
sem ter consciência dos atos e das consequências”.
Muitas vezes, podemos
fazer algo diferente para fugir dos altíssimos preços cobrados, seja comprar a
opção caseira de ovos de chocolate – que são de ótima qualidade e não tem o
status das marcas para encarecer – ou quem sabe propor algo diferente para se
comemorar o momento, como um passeio. “Mas uma ótima opção para quem não quer
deixar de presentear com chocolates é fazer algo coletivo. Por exemplo, se em
uma casa tem cinco pessoas, em vez de cada uma comprar um ovo para dar à outra,
podem combinar de fazer uma cesta com diversos produtos feitos de chocolate
para todos. Com certeza sairá bem mais em conta”, explica o educador
financeiro.
Domingos, que também
é autor do livro “Mesada não é só dinheiro” (Editora DSOP), ressalta que, em
caso de uma situação financeira muito complicada, com endividamento, as
crianças devem ser prioridade. “A data é legal para todos, mas em especial para
os pequenos, que ficam esperando não somente o ovo, como também o brinquedo que
costuma vir. Eles devem ser instruídos para não se tornarem consumistas, mas é
importante que recebam algo nessa data, assim como as outras crianças, e aos
poucos sejam educados nesse sentido”.
Chocolate em demasia
não faz bem para a saúde financeira nem para a física. Combater o consumo
exacerbado faz bem em qualquer sentido e é dever de todos nós. É válido lembrar
que o sentido da Páscoa é algo bem mais complexo e espiritual.
Foto: Presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), Reinaldo Domingos.
Crédito: Divulgação.
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