INDÚSTRIA DA REGIÃO DE CAMPINAS SEGUE EM TOTAL ESTAGNAÇÃO.

29 de maio de 2015.
Pesquisa de sondagem
industrial elaborada pelo Centro de Pesquisas Econômicas da Facamp (Faculdades
de Campinas) junto às empresas associadas ao Centro das Indústrias do Estado de
São Paulo (Ciesp)  regional Campinas
revela que as empresas seguem em completa estagnação e sem perspectiva de
melhora parta os próximos meses. A sondagem referente ao mês de abril indica
que 78,3% dos entrevistados declararam que sua produção diminuiu, 17,4% alegam
que sua produção permaneceu inalterada e só 4,3% apontaram que a produção
aumentou. Em março, 54,2% apontaram redução de produção, 25% produção
inalterada e  e 20,8% aumento de
produção.
No que tange às
vendas houve uma piora considerável.  A
pesquisa mostra que 13%  dos respondentes
tiveram venda superior e 17,4% que se manteve estável. A maioria, 69,6% apontou
queda. A participação dos respondentes que apontaram uma venda menor foi muito
superior ao mês anterior que havia registrado 58,3%.
Com relação aos
custos trabalhistas 50% dos entrevistados alegaram aumento e 50% que esses
custos se mantiveram inalterados. Em março 
41,7% alegaram aumento e 58,3% que os custos se mantinham inalterados.
O nível de utilização
da capacidade instalada em abril na categoria entre 0 % e 50% foi de 30,4%, na
categoria entre 50,1% e 80% foi de 60,9% e na terceira categoria entre 80,1% e
100% foi de 8,7%. Em março a primeira foi de 33,3%. A segunda de 54,2% e a
terceira de 12,5%.
Com relação a
investimentos, a sondagem industrial aponta que em abril 8,7% apontaram que
irão reduzir o nível de produção; 4,3% irão ampliar o número de máquinas; 26,1%
irão atualizar o maquinário existente e 60,9% não irá investir.
Para o professor  de economia da Facamp, José Augusto Ruas , os
impactos dessa estagnação industrial vão aparecer em intensidades maiores nos
próximos meses. “Nós temos todos os sinais de uma economia que está
desacelerando  forte. No ponto de vista
mais macro, ou seja, Dops sinais nacionais acompanham essa tendência, então se
espera que os próximos meses sejam muito ruins”, avalia.
O economista José
Augusto Ruas disse ainda com o ajuste fiscal da forma como o governo está
propondo vai provocar queda de receitas do setor público e com o aumento da
taxa de juros um impacto maior sobre a dívida pública. Para o empresário em um
cenário de demanda caindo deixa clara a intenção de não realizar novos
investimentos. Toda essa situação indica que o ano de 2015 está perdido do
ponto de vista do emprego e do ponto de vista da produção.
O diretor do Ciesp
Campinas, José Nunes Filho, disse que o governo está repassando para as
empresas e para a população os custos de uma má gestão financeira das contas
públicas. “Eu não chamo de ajuste fiscal. Eu chamo de arrocho fiscal porque
mandaram a conta para nós. Mandaram a conta da incompetência, da má gestão, da
corrupção e do desperdício de dinheiro público porque o governo não reduziu a
despesa dele, pelo contrário está aumentando. Estão distribuindo mais cargos e
mais dinheiro para deputado aprovar esse arrocho. Nós vamos sofrer agora coma
queda da desoneração  da folha de
salário, com aumento de tributos, aumento de energia de todos os níveis como
energia elétrica e fóssil. Isso tudo caiu no custo das empresas e nós estamos
numa situação difícil”, avaliou.

José Nunes Filho
disse que com o aumento da taxa de juros também aumenta o déficit público, pois
com uma dívida pública  de R$ 2,45
trilhões que é remunerada pela taxa Selic cada ponto que a taxa Selic sobe
aumenta a despesa do governo em R$ 30 bilhões. 

Fotos 1 a 4 – Divulgação da pesquisa de sondagem do Ciesp Campinas.
Crédito: Roncon & Graça Comunicações

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