INOVAÇÃO

19 de setembro de 2015.
ARTIGO DO PROFESSOR ROBSON PANIAGO
A condução dos empregados durante mais
de um século, no Ocidente, foi baseada nas ideias de Taylor, condensadas na
denominada Administração Científica. Através deste enfoque, o empregado era
considerado apenas como uma extensão da máquina.
As inovações de produtividade e de
métodos eram somente implementadas segundo a visão de especialistas. Os
proprietários das empresas ou diretores tomavam suas decisões e transferiam
suas informações e determinações através de capatazes, chefes ou supervisores e
após isso, serem passadas aos empregados nas linhas de produção.
Enquanto Taylor, Fayol e Sloan
desenvolviam as ideias fundamentais que evoluíram para a moderna teoria da
administração, algo muito interessante estava acontecendo nas linhas de
produção massificada inventadas por Ford. Outra escola estava nascendo, a
escola da inovação.
A escola da inovação teve um
desenvolvimento paralelo ao das outras até a metade do século XX, quando se
juntou a outros conceitos e tornou-se um enfoque também sistêmico. No início do
século XX, quando a produção em massa se tornou comum, inovação significava
uniformidade (ou ausência de variação).
Nessa época, percebeu-se que era
necessário fazer peças em grandes quantidades, virtualmente idênticas, de forma
que cada uma pudesse ser montada indiferentemente em qualquer produto. Inovação
era então, e continuou a ser até meados do século XX, uma questão de
uniformidade.
Isso levou a padronização,
intercambiabilidade, conceitos e práticas que perduram até hoje e se tornaram
práticas corriqueiras, absolutamente normais nos meios produtivos e de consumo
ao ponto de as novas gerações não mais perceberem como seria a vida moderna sem
sua aplicação. Na verdade, quando isso ocorre, o consumidor interpreta o fato
como ocorrência de um defeito.
A partir de 1948, no Japão, iniciava-se
um processo que modificaria o mundo da inovação e dos negócios. Paradoxalmente
esse processo foi inspirado por pensadores norte-americanos – Feigenbaum,
Deming e Juran, derivando em 1962 para os primeiros Círculos de Qualidade e
Círculos de Melhoria, predecessores das Equipes de Melhoria Contínua e das
Equipes de Inovação.
Atualmente as melhores empresas possuem
formalmente um sistema ou equipes de inovação, utilizando variações derivadas
dessa metodologia original. Inovar é uma busca de toda e qualquer organização
que pretenda fazer diferente e desenvolver algo novo e que tenha utilidade para
a sociedade como um todo.
Robson Paniago é doutor em Ciências Empresariais pela Universidad Del
Museo Social Argentino, mestre em Administração pela Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo, especialista em Marketing pela Escola Superior de
Propaganda e Marketing – SP e Graduado em Administração pela Universidade São
Marcos – SP. Atualmente é professor da IBE-FGV.
Compartilhe:
Facebook
Twitter
LinkedIn

Veja também

VIRACOPOS ESTÁ RECEBENDO TRÊS NOVOS VOOS CARGUEIROS REGULARES SEMANAIS DA LATAM VINDOS DA EUROPA

O Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), passou a receber a partir de abril …

Deixe uma resposta

Facebook
Twitter
LinkedIn