MULHERES NA ADMINISTRAÇÃO

03 de outubro de 2015.
ARTIGO DO PROFESSOR ROBSON PANIAGO

O universo masculino sempre que pode
desprezou ou denegriu a imagem da mulher lutadora, até porque a força física
foi uma prerrogativa masculina. Mulheres jogando futebol e praticando outros
tipos de esporte é uma coisa recente na história brasileira e mundial.
Em Minas Gerais existe um caso famoso
de machismo que foi o assassinato, por Doca Street, um playboy, de uma mulher
muito bonita, a socialite Ângela Diniz. No julgamento que causou enorme furor o
mesmo foi inocentado, alegando defesa da honra.
Mas as mulheres estão aos poucos
ocupando seu espaço na sociedade e temos vários exemplos de mulheres chegando
ao cargo de presidente e na Alemanha temos neste momento uma primeira-ministra
do sexo feminino.
As mulheres nas organizações estão
também a cada dia ocupando mais espaço e provando que tem todas as condições de
disputarem os mais altos cargos das organizações. Uma das características
interessantes das mesmas é que conseguem desenvolver várias tarefas ao mesmo
tempo, são multipolares e intuitivas. Já, os homens, são monopolares e quando
leem jornal ou assistem TV só conseguem fazer isto.
Um mundo mais complexo e cheio de
variáveis como o mundo de negócios, tem necessitado cada vez mais de pessoas
intuitivas e multipolares, o que explica, em parte, esta ascensão das mulheres
nas organizações, caminho este sem volta.
Também por terem a prerrogativa de
gerarem filhos e os educarem, ao lidarem com pessoas na cadeia de comando,
observa-se que as mesmas tratam os seus colaboradores de uma maneira menos rude
que os homens, de maneira mais gentil e calorosa.
O brasileiro é reconhecido como um povo
gentil e nisto as mulheres tem um papel fundamental. O cuidado é que esta
gentileza não se torne servilismo e que passemos a achar que as pessoas do
primeiro mundo são melhores que nós.
O Brasil ainda é um país novo e está
aprendendo com seu povo a se definir e ter uma cultura própria. Para que isto
aconteça precisamos fortalecer o cinema nacional. Dar uma atenção para o
teatro, tornar os livros mais baratos e acessíveis para a população. Isto é,
atuar em diversas frentes valorizando o nosso país, nossos heróis e nossa
gente.
As mulheres são guerreiras porque foram
aos poucos conquistando seu espaço, entrando em searas onde não tinham atuação
e na profissão de administração, podemos afirmar com naturalidade que as mesmas
serão maioria.
Hoje temos mulheres jogando bola –
coisa impensada na época de nossos avós, bombeiras, astronautas e presidentas.
A cada dia ocupam mais espaço e vão moldando um estilo mulher de administrar,
que deve ser a tônica do século XXI para frente. Cabe aos homens entender este
processo, acharem um equilíbrio nas suas posturas e adotarem aquilo que é de
bom que vem do feminino.
Nem ser feminina ao extremo e nem ser
submissa, mas sim caminhar ao lado dos homens e repartir as despesas,
dificuldades, momentos felizes e tudo mais que seja bom para uma relação
homem/mulher.
Robson Paniago é doutor em Ciências Empresariais pela Universidad Del
Museo Social Argentino, mestre em Administração pela Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo, especialista em Marketing pela Escola Superior de
Propaganda e Marketing – SP e Graduado em Administração pela Universidade São
Marcos – SP. Atualmente é professor da IBE-FGV.
Compartilhe:
Facebook
Twitter
LinkedIn

Veja também

PALESTRA MARCA LANÇAMENTO DO PROGRAMA DE FORMAÇÃO DA FAMÍLIA EMPRESÁRIA EM CAMPINAS

As empresas familiares respondem por dois terços do total de empresas no mundo. No Brasil, …

Deixe uma resposta

Facebook
Twitter
LinkedIn