NADA COMO UM DIA APÓS O OUTRO

15 de fevereiro de 2015.

COLUNA DO CONSULTOR DE EMPRESAS JORGE CARLOS BAHIA

É filosófica a
questão de dizermos que o dia de amanhã será reflexo do dia de hoje.
Independente de ser filosófico ou não devemos analisar possibilidades e
panoramas com os quais devemos conviver.
Vamos pegar como
amostra somente o ultimo trimestre de 2014. Tivemos, por exemplo, a questão da
Petrobrás, a crise da água que acena com uma crise de energia, tivemos eleições
e mais recentemente tivemos a aproximação entre Cuba e Estados Unidos.
Quanto a Petrobrás as
ocorrências dispensam comentários, mas os desdobramentos são interessantes.
É grande a quantidade
de empresas citadas nas investigações e tudo indica, com comprovado
envolvimento em tudo que está vindo à tona. Essas empresas não são pequenas nem
médias, são grandes empresas que alocam em suas atividades milhares de
colaboradores, e que subcontratam atividades de outras centenas de empresas
menores que também possuem em seus quadros milhares de colaboradores.
Os comentários atuais
sobre o tema estão centrados em valores desviados, lavados, repatriados etc,
mas como será a sequencia das operações nesse universo de fornecimento –
Petrobras, fornecedores e subfornecedores?
Já se fala em um novo
Proer para essas empresas fornecedoras. O Proer foi o programa destinado a
restruturação dos bancos privados cuja gestão realizada pelo Banco Central
evitou problemas sérios no mercado financeiro (anos de 1995 a 1997)
considerando que os bancos perderam receita na época com o fim da inflação e
diziam caminhavam para uma séria crise. Essa mesma política de reestruturação
pode vir à tona com a crise da Petrobras para ajudar empresas fornecedoras ou
subfornecedoras a não entrarem em dificuldades operacionais e financeiras.
Para a crise da água
temos propostas de bônus como incentivos para o baixo consumo e penalidades de
20% ou 50% para quem tem aumento de consumo, como é o caso da SABESP no Estado
de São Paulo.
Na mesma linha
teremos a implantação da bandeira tarifária para consumo de energia, ou seja,
se a conta de consumo de energia indicar bandeira verde não há custo adicional,
bandeira amarela teremos custo extra, e bandeira vermelha custo extra ainda maior. Essas bandeiras indicam que a próxima conta pode
aumentar.
Por fim, temos a
aproximação entre Cuba e Estados Unidos. Dizem que o Papa Francisco teve peso
fundamental nessa aproximação, mas também há indicações de que o Brasil tem uma
vitória política considerável nesse fato já que sempre foi defensor de que Cuba
voltasse a integrar a Comunidade Latino Americana. Já, para os investimentos
realizados pelo Brasil no porto e aeroporto de Cuba as discussões sobre o
retorno do investimento são divergentes. Alguns entendem que o mesmo ocorrerá
de forma rápida, outros entendem não será com essa rapidez apregoada
assim como também pode não ocorrer. Nós entendemos que não haverá agilidade
nesse retorno.
Com esse panorama é
necessário ponderar sob alguns pontos já importantes e que estão no horizonte.
É provável o retorno da CPMF e da CIDE com o propósito de equilibrar o caixa do
Governo.
Nós também
precisaremos correr para equilibrar o nosso caixa, ou seja, o dia de amanhã
será reflexo do dia de hoje.
Jorge Carlos Bahia, bacharel em administração de empresas,
contador, consultor de empresas, palestrante, professor em cursos
profissionalizantes, sócio proprietário do Grupo Bahia Associados,  com
experiência profissional de mais de 20 anos em empresas multinacionais atuando
na área fiscal,  tributária, contábil e controladoria.
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