O DESENVOLVIMENTO DA RMC E SEUS ATRATIVOS PARA INVESTIMENTOS

11 de agosto de 2015.
ARTIGO DE MILTON FONTOURA
Se fosse uma cidade, a Região
Metropolitana de Campinas, com uma população de 3,1 milhões de habitantes,
estaria em terceiro lugar no Brasil em número de habitantes, atrás de São Paulo
e Rio de Janeiro.  A RMC tem números que se assemelham a países do Primeiro
Mundo e, por isso, tem atraído cada vez mais novas empresas e pessoas que
buscam fugir das grandes metrópoles atrás de qualidade de vida e novas
oportunidades. Para os empreendedores, o polo tecnológico, os sistemas viário e
aeroportuário, a qualidade da mão de obra, o acesso a bens e serviços, a
mobilidade e a infraestrutura urbana das 20 cidades que compõem o bloco são os
principais atrativos para iniciar ou transferir seu negócio para a região.
Recentemente, a Região de Campinas
foi classificada por uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas em parceria com o
jornal inglês Financial Times como a segunda mais competitiva do Brasil,
perdendo apenas para São Paulo. Intitulado “Perfil da Competitividade
Brasileira”, o estudo analisou 558 microrregiões brasileiras e considerou seis
vetores principais: capital humano, qualidade de vida, instituições, ambiente
de negócios, mercados e recursos naturais. 
Quando iniciamos novos estudos na
RMC, sempre nos surpreendemos com os números encontrados e notamos que, mesmo
em momentos de dificuldades econômicas, ela vive uma situação diferenciada. Ao
estudarmos o mercado hoteleiro de Indaiatuba no final do ano passado, por
exemplo, nos deparamos com uma realidade bem diferente do que podemos ver em
outros locais: a demanda é maior do que a oferta, obrigando muitos hóspedes a
buscarem alternativas em municípios como Itu e Sorocaba.
Indaiatuba tem chamado a atenção da
mídia há algum tempo por conta dos índices de desenvolvimento e crescimento
populacional. É um município que cresce 2,96% ao ano, enquanto o Estado de São
Paulo cresce 1,64% e o Brasil, 1,54%. Possui um Distrito Industrial em
expansão, com 840 indústrias já instaladas, e está sempre recebendo novos
empreendedores devido a sua infraestrutura urbana, localização privilegiada e
mão de obra qualificada.
Preparando-se para manter o
crescimento, a cidade está construindo a barragem do Rio Capivari-Mirim, obra
orçada em mais de R$ 30 milhões e que conta com recursos da Funasa (Fundação
Nacional da Saúde), para garantir o abastecimento em épocas de estiagem.
Além da industrialização crescente,
Indaiatuba é o núcleo urbano mais próximo de Viracopos, localizada a apenas 12
quilômetros de distância daquele que será o maior aeroporto da América Latina
após sua completa expansão. Com o aumento dos voos domésticos e internacionais,
muitos passageiros que embarcam e desembarcam em Viracopos têm buscado
hospedagem em Indaiatuba, sem contar que a cidade já é opção há algum tempo
para os funcionários – principalmente tripulantes – das companhias aéreas.
O crescimento do município leva ao
surgimento de demandas nos mais diversos setores. No segmento hoteleiro, a
oferta de quartos está aquém em quantidade e qualidade às necessidades atuais.
Das 583 unidades hoteleiras existentes, 35% pertencem à categoria
supereconômica, 40% à categoria econômica e 25% à superior. Para o hóspede
corporativo, as opções, portanto, são poucas, o que justifica sua ida para
cidades vizinhas.
Ao considerar a ocupação de segunda a
sexta-feira, a taxa média de 75% sobe para 100%, mostrando, mais uma vez, que o
turismo de negócios é o que move esse setor. Em pesquisa com as empresas de
Indaiatuba, apuramos que a instalação de hotéis focados nesse nicho é muita
bem-vinda e que iria facilitar a vida de quem viaja à cidade a trabalho.
O aumento da demanda mostra também
que o produto hoteleiro é uma excelente opção para aqueles que investem em
imóveis para renda. Por meio do pool de locação toda a renda auferida pelo
empreendimento é rateada entre os proprietários, por isso esse tipo de negócio
tem sido uma alternativa importante de investimento. E, como constatamos em
nossos estudos, a boa notícia é que o turismo corporativo na RMC mantém-se
aquecido mesmo na atual conjuntura econômica.
Milton
Fontoura é especialista em Geomarketing e diretor da GEU – Grupo de Estudos
Urbanos.
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