12 de fevereiro de 2015.
COLUNA DO JORNALISTA VIEIRA JUNIOR
Nos últimos dias
temos sido bombardeados com uma informação que gera certo desconforto: o impeachment da presidente Dilma
Rousseff. Como um filme de terror, com direito a vários monstros, sustos e
muitos vilões e candidatos a mocinhos, o roteiro se entrega ao povo brasileiro
como uma produção cinematográfica. Todos sentam à cadeira e, tremendo de medo,
torcem pela derrota e morte daquele que tanto traz sofrimento. Como
expectadores, os brasileiros querem vencer o sangue com sangue, pagar a morte
com a morte, e se esquecem que o filme que assistem só está sendo exibido
porque eles mesmos o escolheram, pagaram ingresso e ainda sentaram na primeira
fila para conferir o resultado.
temos sido bombardeados com uma informação que gera certo desconforto: o impeachment da presidente Dilma
Rousseff. Como um filme de terror, com direito a vários monstros, sustos e
muitos vilões e candidatos a mocinhos, o roteiro se entrega ao povo brasileiro
como uma produção cinematográfica. Todos sentam à cadeira e, tremendo de medo,
torcem pela derrota e morte daquele que tanto traz sofrimento. Como
expectadores, os brasileiros querem vencer o sangue com sangue, pagar a morte
com a morte, e se esquecem que o filme que assistem só está sendo exibido
porque eles mesmos o escolheram, pagaram ingresso e ainda sentaram na primeira
fila para conferir o resultado.
O assunto beira o
absurdo. O pior é ver colunistas renomados debatendo através das páginas dos
maiores jornais do país sobre um assunto que todos sabemos: vai dar em nada. É
fato que o poder legislativo e as forças jurídicas no Brasil já possuem provas
suficientes para realizar não só o
impeachment, mas também a prisão de grande parte dos representantes do
governo. A Petrobrás que o diga… Em qualquer empresa privada o CEO já teria
sido afastado por não conseguir administrar bem a sua equipe e os seus
recursos. “Mas o problema foi no departamento ‘A’ ou ‘B’ e eu não tenho
condições de fiscalizar tudo”, poderia dizer o dirigente em questão, como até
faz um certo político. “Azar o seu”, diriam os acionistas. “Contratamos você
para gerir bem os nossos recursos. Se não o fez, trocamos você”, completariam.
absurdo. O pior é ver colunistas renomados debatendo através das páginas dos
maiores jornais do país sobre um assunto que todos sabemos: vai dar em nada. É
fato que o poder legislativo e as forças jurídicas no Brasil já possuem provas
suficientes para realizar não só o
impeachment, mas também a prisão de grande parte dos representantes do
governo. A Petrobrás que o diga… Em qualquer empresa privada o CEO já teria
sido afastado por não conseguir administrar bem a sua equipe e os seus
recursos. “Mas o problema foi no departamento ‘A’ ou ‘B’ e eu não tenho
condições de fiscalizar tudo”, poderia dizer o dirigente em questão, como até
faz um certo político. “Azar o seu”, diriam os acionistas. “Contratamos você
para gerir bem os nossos recursos. Se não o fez, trocamos você”, completariam.
Se os poderes do
Brasil ainda não fizeram nada para que os atuais governantes pagassem pelos
crimes administrativos ocorridos nos últimos anos é porque algo a mais existe
nesse roteiro. Não o fazem porque não se trata mais apenas de uma questão de
ser ou não culpado, ser ou não o monstro do filme. Trata-se de questões que
nós, pessoas comuns e consideradas “mortais” para os “deuses do Congresso”, não
temos a devida capacidade para entender, já que não nos sujeitamos ao jogo
proposto neste nível de relação.
Brasil ainda não fizeram nada para que os atuais governantes pagassem pelos
crimes administrativos ocorridos nos últimos anos é porque algo a mais existe
nesse roteiro. Não o fazem porque não se trata mais apenas de uma questão de
ser ou não culpado, ser ou não o monstro do filme. Trata-se de questões que
nós, pessoas comuns e consideradas “mortais” para os “deuses do Congresso”, não
temos a devida capacidade para entender, já que não nos sujeitamos ao jogo
proposto neste nível de relação.
Impeachment da Dilma?
Quer mesmo saber quando isso será possível? Só se o Exército Brasileiro invadir
Brasília. Outro filme repetido… Não quer ver essa produção de novo?
Quer mesmo saber quando isso será possível? Só se o Exército Brasileiro invadir
Brasília. Outro filme repetido… Não quer ver essa produção de novo?
Então
mude o canal e pare de falar nesse roteiro. Esqueça! Dilma vai cumprir o seu
mandato. É simples, é coerente. “Mas, Collor caiu”, podem dizer. E eu
respondo: Collor não era Dilma, não era do PT, não tinha o Lula e não teve 12
anos para fazer as ligações políticas, empresariais e secretas (para não dizer
clandestinas) que o PT fez. Também é
simples, é coerente, é a política brasileira.
mude o canal e pare de falar nesse roteiro. Esqueça! Dilma vai cumprir o seu
mandato. É simples, é coerente. “Mas, Collor caiu”, podem dizer. E eu
respondo: Collor não era Dilma, não era do PT, não tinha o Lula e não teve 12
anos para fazer as ligações políticas, empresariais e secretas (para não dizer
clandestinas) que o PT fez. Também é
simples, é coerente, é a política brasileira.
Vieira Junior –
Jornalista, pós-graduado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio
Vargas (IBE-FGV)
Jornalista, pós-graduado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio
Vargas (IBE-FGV)