PESQUISA APONTA TENDÊNCIA OTIMISTA ENTRE EMPRESAS DO INTERIOR PAULISTA

27 de maio de 2016.
A PKT
Desenvolvimento Empresarial, empresa especializada em consultoria e assessoria
à pequenas e médias empresas, associada à Fundação Dom Cabral, com sede em
Campinas, concluiu um estudo para avaliar o impacto da crise política e
econômica entre clientes e seus fornecedores. Participaram da pesquisa 50 empresas
de médio porte no interior de São Paulo, com faturamento a partir de R$ 19
milhões até acima de R$ 300 milhões anuais de setores variados como
agronegócio, educação, saúde, indústria química, transporte e logística,
tecnologia, serviços, entre outros.
Os dados apontam
a insegurança do mercado como um todo, mas com expectativas e ações efetivas
que esperam reverter este quadro. Pelo menos 56% das empresas respondeu que
seus clientes se sentem inseguros para efetivar a compra, e 44% dos próprios
empresários admitem estar com dificuldades para prever cenários. Porém, 40% das
empresas afirma que a crise gerou novas oportunidades de negócios.
Na avaliação do
presidente da PKT, Pádua Teixeira, todas as empresas que fazem o planejamento
adequado e que segue todo o ritual das boas práticas, os resultados não estão
ruins. “Os resultados não estão excepcionais, estão normais, mas eles estão
esperançosos de que a coisa vai melhorar. As empresas de porte médio, elas tem
uma característica que é de um poder de reação muito interessante porque elas
são mais leves e são menores”, comenta.
Dentre as
atitudes tomadas por empresários para superar a crise, a busca por novos
mercados foi a ação de 80% dos entrevistados. Destas, 12% iniciou ou aumentou
suas exportações, 36% optou por buscar novos mercados nacionais e 32% das
empresas lançou novos produtos.
Pádua Teixeira
disse ainda que as empresas que fizeram a lição de casa tem uma estrutura
enxuta e bem focada, no entanto, as empresas que não tiveram essa visão e não
adotaram essas medidas tem uma visão do momento político e econômico do país com
um pessimismo muito maior. “Nesse caso, há dificuldade de caixa e são empresas
que estão com um nível de endividamento muito alto”, explica.
Pádua Teixeira
acrescentou que na pesquisa as empresas logicamente estão preocupadas com a
questão da segurança jurídica, porém, na crise também surgem boas oportunidades.
“Um reposicionamento estratégico é muito importante, bem como o lançamento de
novos produtos  com foco num custo menor
e com qualidade para o consumidor final. “Essas empresas que estão com este
foco, estão vendo este momento como muito propício para o desenvolvimento
delas. Hoje para você atingir bons resultados tem que organizar muito sua
equipe comercial. A estratégia comercial é muito importante”, diz.
De acordo com a
diretora da PKT Desenvolvimento Empresarial, Mariana Teixeira, a orientação às
empresas participantes dos programas desenvolvidos pela consultoria é voltar o
foco das ações para o ano corrente, para que as empresas sobrevivam à
instabilidade política e econômica. “É o momento de elaborar e executar ações
de curto prazo, com acompanhamento sistemático do fluxo de caixa e dos índices
de inadimplência, mas tudo isso deve ser considerado, sem perder a visão da empresa
e os seus objetivos de longo prazo”, alerta.
A orientação é
refletida nas respostas a respeito da expectativa de investimentos a curto e
médio prazo, pois 70% das empresas pretendem investir. Para 28% das empresas a
expectativa de investimento gira entre 6 e 15% do faturamento de 2015. Outros
28% são mais conservadoras e esperam investir de 1 a 5% do faturamento. Há
ainda 4% que pretendem investir mais de 15% do faturamento e 10% dos
entrevistados não divulgou a informação.
Outro aspecto
importante levantado pelo estudo da PKT Desenvolvimento Empresarial são as
vagas de trabalho. Quase um terço das empresas, ou seja 32% afirmou que
pretende aumentar as vagas de trabalho em 2016. Para outras 46% delas o momento
é de estabilidade e manutenção das vagas atuais. Ainda há a possibilidade de
redução de postos de trabalho para 22% das empresas. “No momento que a empresa
estiver definindo suas metas e projetos estratégicos, alguns cenários devem ser
levados em consideração. Caso o previsto seja muito discrepante do cenário
efetivo os projetos devem ser revisitados / repriorizados e se for necessária
uma mudança de rota a empresa deve fazê-la de forma rápida, eficiente e
alinhada entre seus principais gestores”, explica a diretora. Para ela, uma das
atitudes de risco no cenário atual é cada gestor atuar de forma dispersa e
individual, perdendo foco e velocidade de resultado.
O presidente da
PKT, Pádua Teixeira, destacou também a importância de um programa desenvolvido
pela Fundação Dom Cabral, que tem auxiliado muito as empresas.”Nós temos um
programa na Fundação Dom Cabral, que hoje 40 empresas da região de Campinas
participam que se chama PAEX. Esse programa ele tem três pilares. Desenvolver o
executivo através de sua formação holística de negócios. Uma outra questão
seria de fornecer as ferramentas  de
gestão que a empresa precisa nas áreas comercial, financeira, processos e
projetos. O terceiro viés seria o planejamento de uma forma integrada à
empresa”, destaca.
Foto: Presidente da PKT, Pádua Teixeira.
Crédito: Divulgação.
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