GESTÃO OCUPACIONAL COMO ESTRATÉGIA DE NEGÓCIO

27 de maio de 2016.
ARTIGO DA ENGENHEIRA MARCIA RAMAZZINI

A situação econômica
do país impactou todas as áreas do mercado. Reduzir custos tornou-se imperativo
em todos os setores. Em épocas de crise ser criativo é essencial. Hoje, o
departamento de Gestão Ocupacional, mais conhecido como Segurança e Saúde do Trabalho
deve ser visto como estratégia de negócio.
Por muitas vezes
deixado em segundo plano, esse setor, que é fundamental na empresa, tem a
obrigação de manter a integridade física e mental dos funcionários. Além de
lidar com vidas, a Segurança do Trabalho tem impacto nos gastos da empresa, por
isso, é necessário um planejamento ideal com metas, indicadores de desempenho,
auditorias, entre outros aspectos importantes.
Quando bem
gerenciado, traz produção e satisfação dos funcionários, além de impactar positivamente
na imagem da empresa e no mercado, sem contar a redução de alíquotas de
recolhimento.
O Gestor Ocupacional
deve ter uma visão geral, estratégica e global. Por isso, a Engenharia e a
Medicina do Trabalho devem andar de mãos dadas com o Recursos Humanos.
Visão Geral: Juntos,
os setores devem ter conhecimento e mapeamento de todos os riscos da empresa e
gaps, ou seja, processos trabalhistas, passivos, índice de afastamentos,
absenteísmo e acidentes.
Na Visão Estratégica
é necessário definir um plano de ação caracterizando os riscos,
consequentemente eliminando as causas, corrigindo as irregularidades, reduzindo
valores de recolhimentos, custos diretos e indiretos e consequentemente obter
resultados.
Hoje, os funcionários
voltaram a ser foco nas empresas, que passaram a investir em treinamentos,
satisfação, programas de qualidade de vida, bem-estar e diferenciais para
manter o clima satisfatório. Esses aspectos representam a Visão Global.
Os riscos e falhas
variam por segmento e empresas, assim como, as ações a serem adotadas. Bons
profissionais, trabalhos e educação são fundamentais para obtenção de bons
resultados.
Atualmente o número
de processos trabalhistas em alguns segmentos é inaceitável. Algumas empresas
já fazem reserva prevendo ações futuras. Elas estão na contramão da história,
devem atuar na causa raiz, tentar virar a regra do jogo e blindar a sua imagem.
Sem contar, que o clima organizacional fica péssimo, interfere no dia a dia e
na produção.
Este trabalho é
lento, porém, apresenta resultados positivos. Empresas que passaram a efetuar
trabalho efetivo sobre afastados, absenteísmo e controle de acidentes, hoje,
além de resultados satisfatórios apresentam mais respeitabilidade.
Gestão Ocupacional
eficiente começa na contratação. Um admissional bem feito é fundamental e
também se torna uma ação preventiva. Empresas que passaram a gerenciar o FAP
(Fator Acidentário Prevencionista) e NTEP (Nexo Técnico Epidemiológico),
conseguem redução nas alíquotas de recolhimento.
Lembramos que uma
empresa grau de risco número três poderá recolher a Previdência em 6% ou 1,5 da
folha de pagamento. Essa variação deve-se a redução de número de CATS e NTEP.
Sem falar nos custos diretos e indiretos, das ações regressas do INSS, caso
comprovada a culpa da empresa. Enfim, gastos e mais gastos.
O bom gestor deve
também conhecer a legislação, acompanhar os programas, indicadores de
desempenho, metas de redução de custo, além dos programas de qualidade de vida,
entre outros desenvolvidos pela organização. Uma gestão ocupacional eficiente,
além de preservar a saúde dos funcionários gera economia para as empresas.
Marcia Ramazzini é
engenheira civil pela PUC Campinas, engenheira em segurança do trabalho e meio
ambiente pela Unicamp e mestranda em Saúde Ocupacional também pela Unicamp. Tem
especializações em Riscos Industriais e Construção Civil pela OSHA (Occupational
Safety Health Administration), Ministério do Trabalho dos Estados Unidos.
Marcia é diretora da Ramazzini Engenharia e tem 20 anos de experiência de
mercado.
Compartilhe:
Facebook
Twitter
LinkedIn

Veja também

CONSTRUÇÃO CIVIL ABRE 28,6 MIL NOVOS EMPREGOS EM MARÇO

A indústria da construção abriu 28.666 empregos em março, um crescimento de 1,01% em relação …

Deixe uma resposta

Facebook
Twitter
LinkedIn