PRESIDENTE DA FIESP CRITICA PROBLEMAS ESTRUTURAIS NO BRASIL

O presidente da Federação das Indústrias do
Estado de São Paulo (Fiesp), do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo
(Ciesp) e do Senai – SP, Paulo Skaf, que é pré candidato pelo PMDB ao governo
do Estado de São Paulo, criticou duramente a falta de competitividade existente
no Brasil. De acordo com Skaf esses problemas estruturais oneram os custos do
Brasil e citou os altos custos da energia elétrica, do gás, da logística, da
falta de segurança e da deficiência devido à falta de qualidade da educação.
Quando a questão é segurança pública, Skaf questiona o custo que se tem com
segurança privada devido à ineficiência do sistema público de segurança, além
de tudo que se paga em termos de impostos. “O que nós precisamos  é ter educação de qualidade e ter segurança
para a população. O que a gente tem que ter é uma infraestrutura, que a gente
seja competitivo na nossa logística, nos nossos portos, nossos aeroportos e
nossas ferrovias. O que nós precisamos é desatar os nós. Esse ano  é um ano importante porque nós temos eleições
e é uma oportunidade realmente de termos visões novas no sentido de termos
outros tipos de resultados”, destacou.
Paulo Skaf disse que há necessidade  de gestão em segurança pública e saúde no
Estado de São Paulo. A falta de segurança preocupa a população e defendeu que
para que se tenha segurança é necessário uma tropa estimulada.”O que precisa,
além da condição material, da questão salarial, da questão de equipamentos é
preciso ter uma definição clara para que o policial tenha auto estima  e se sinta confiante  para exercer as suas funções, além da
tecnologia. É fundamental que a gente utilize todos os recursos tecnológicos
que hoje se oferece no combate ao crime, a começar pelas fronteiras do Estado.
Hoje você tem scanners e aviões sem tripulação que você pode realmente
controlar as fronteiras do Estado e a partir daí uma integração com câmeras nas
ruas, no pedágios, nos metros e nas empresas pra se ter uma central de
inteligência, uma central de combate ao crime”, destacou.
O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, também falou
sobre a crise hídrica enfrentada no Estado de São Paulo em decorrência da
estiagem e da queda gradativa no nível do sistema Cantareira. Na avaliação de
Skaf houve falta de investimento da Companhia de Saneamento Básico do Estado de
São Paulo (Sabesp) no combate ao desperdício. “Não podemos ficar dependendo de
São Pedro. Há 10 anos faltou água. A Sabesp atende 364 municípios do estado de
São Paulo e em 2004 o governo assumiu uma série de compromissos através da
Sabesp no sentido de eliminar vazamentos, de aumentar o tratamento de esgotos,
no sentido de ampliar a capacidade dos reservatórios, no sentido de aumentar a
captação e o que foi feito?”, questionou.
O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, disse
ainda a empresa capta  3 trilhões de
litros de água por ano e desperdiça um trilhão. “A Sabesp distribuiu em
dividendos R$ 4,7 bilhões. Eu não sou contra ter lucro e não sou contra
distribuir o lucro para sócios, só que desde que a empresa não precise investir
e é preciso investir na troca de tubulação para combater o desperdício. São
tubulações furadas e antigas de 30 anos, que para a água andar precisa aumentar
a pressão e com o aumento de pressão estoura. Isso são dados oficiais. Um
trilhão de litros perdidos dariam 6 meses de consumo”, enfatizou.

Paulo Skaf destacou que no caso das
indústrias muitas possuem recursos próprios de captação de água e não dependem
diretamente da Sabesp, pois possuem poços artesianos profundos e que mesmo com
chuvas fracas não enfrentam problema de falta de água.
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