COLUNA DA PROFESSORA E PSICÓLOGA ELINE RASERA

CRENÇAS LIMITANTES
Eline Rasera
Isso mesmo: crenças que limitam e
impedem o desenvolvimento, o crescimento e a satisfação e podem dificultar
realizações importantes na vida. E pouco nos damos conta disso.
Muito do nosso processo mental ocorre
de maneira inconsciente, ou seja, não temos percepção, consciência do mesmo em
nosso dia a dia. A influência das crenças no comportamento é, na sua grande
maioria, um desses processos.
Segundo o dicionário, “…em
filosofia, mais especificamente em epistemologia, crença é um estado mental que
pode ser verdadeiro ou falso. Ela representa o elemento subjetivo do
conhecimento…”ou, “ crença é aquilo que acreditamos  e como filtramos 
realidade.” (Sociedade Brasileira de Coaching).
Ao nascer não se tem informação
alguma de como as coisas funcionam no mundo. O aprendizado e o registro no
cérebro ocorrem em decorrência das experiências, muitas vezes repetidas,
envolvendo os cinco sentidos (olfato, visão, audição, tato e paladar) e se constitui
na rede neural de informações que possibilitam viver na condição desse planeta.
Assim também se estabelecem as crenças.
O preconceito é uma crença, ou seja,
acredita-se na superioridade ou inferioridade de pessoas a partir de diferenças
físicas ou de determinadas opções de vida. Informações registradas no decorrer
da existência, que vieram dos pais, professores, sociedade em geral. Tudo
aprendido.
No entanto, algumas dessas
informações que recebemos no passado, podem não ser muito úteis em uma sociedade
que muda e altera-se constantemente.
As Crenças Limitantes são as
informações que cada um de nós registramos e, como toda crença, também
consideramos verdades absolutas. No entanto, com a evolução do mundo, nosso
próprio amadurecimento e outras influências externas e internas, as “verdades”
podem tornar-se questionáveis. Ao mantê-las, impedimos mudanças de padrões,
transformações necessárias para adaptações e novos aprendizados.
Talvez essas verdades não são tão
absolutas assim. Nas empresas, as crenças limitantes dos profissionais
dificultam as mudanças organizacionais necessárias, os relacionamentos com os
que pensam ou pertencem a grupos diferentes, criam-se barreiras a novos
aprendizados, desencadeiam conflitos e podem sim impedir um avanço na carreira.
Temos que rever nossos conceitos e
nossos pré-conceitos. E de que maneira?
Mesmo “acreditando que o nosso ponto
de vista é o mais correto, podemos ouvir e considerar o que o outro tem a
dizer. E se existir “outra verdade”? E se existir outra maneira de se
interpretar um mesmo evento? Pois é, existe!
Portanto, as informações que
recebemos são necessárias e fundamentais para nossa existência, mas podemos e
devemos, hora ou outra, questionarmos algumas delas. Em que momento? No momento
que damos conta de que determinadas crença impedem de sermos pessoas melhores,
mais realizadas e mais felizes, do ponto de vista mental, emocional,
psicológico e espiritual.
E o preconceito? Claro que é uma
crença limitante! “O universo não é hostil nem amistoso. Ele é simplesmente
indiferente.” J.H.Holmes

Eline Rasera, psicóloga, coach e
professora do curso de Pós-graduação em Administração de Empresas da IBE-FGV.
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