PROFESSOR DE FINANÇAS DÁ DICAS VALIOSAS PARA UM ANO QUE REQUER CAUTELA

10 de janeiro de 2016.
O ano de 2015 foi
ruim para os orçamentos familiares. Diante desta perspectiva, o que esperar
para o ano que acaba de começar? Para o professor de finanças do ISAE/FGV,
Carlos Alberto Ercolin, as notícias não são boas para as famílias uma vez que o
próprio governo, costumeiramente otimista, prevê que o país comece a crescer
somente a partir do segundo semestre de 2016. “Os primeiros seis meses devem
ser de muita cautela, sem muitos gastos como viagens, troca de carro, e mesmo
troca de emprego. Deve-se fazer como os americanos, que costumam dizer ‘first things,
first’, ou seja, em primeiro lugar, deve-se pagar as coisas mais importantes,
quais sejam: alimentação, moradia e transporte”, orienta.
Se o dinheiro não dá
para pagar tudo, é importante começar pelas contas onde as multas pelo atraso
são as mais altas, como cartão de crédito e a dívida no cheque especial. Um bom
planejamento também ajuda. As contas costumeiras, como aluguel, luz, e mensalidade
escolar, não podem ser encaradas como imprevisto. “Indico que as famílias façam
um orçamento para 2016 prevendo mensalmente seus ganhos e os gastos fixos.
Depois, elas devem considerar os gastos arbitrários (aqueles que você decide
quando e quanto vai gastar, como comer fora, ida ao cinema e cabeleireiro). Na
sequência, devem subtrair dos ganhos os gastos fixos e os arbitrários, na
esperança de que sobre algum dinheiro todo mês. Se ela já antevê algum mês em
que este resultado será negativo, já pode ir se planejando e, se for o caso,
pedir um empréstimo”, diz Ercolin.
Surge a dúvida se em
tempos de recessão deve-se investir. Tudo depende do que se pretende fazer com
os recursos investidos e para isso algumas questões devem ser levadas em
consideração. “Por quanto tempo posso ficar com o dinheiro guardado, ou por
outro lado, quando vou precisar dele? Qual é meu apetite ao risco, ou seja,
estou disposto a correr um risco maior, na expectativa de auferir um retorno
maior?”, analisa o profissional.
O ano de 2016 não
deve ser um ano de apostas altas, como trocar de carro ou comprar um
apartamento novo, salvo se aparecer uma proposta irrecusável. Pagar à vista, em
qualquer ramo, seja imóvel, carro, eletrodoméstico, será a arma para um ano que
será representado pela pechincha. “Falando dos sustos, é possível que alguém da
família perca o emprego, ou aquela promoção tão esperada não aconteça em 2016.
De toda maneira, é um ano que vai requerer de todos nós muita paciência e,
sobretudo, cautela. Ainda assim, boas oportunidades normalmente aparecem em
momentos de crise”, finaliza.
Foto: Orçamento familiar.
Crédito: Divulgação.
Compartilhe:
Facebook
Twitter
LinkedIn

Veja também

ESPECIALISTA LANÇA LIVRO SOBRE MANDATO COM GESTÃO INTELIGENTE

O especialista em administração pública e consultor em gestão pública, Charles Vinicius acaba de lançar …

Deixe uma resposta

Facebook
Twitter
LinkedIn