SETOR INDUSTRIAL DE CAMPINAS ESTIMA UM ANO DE 2015 DIFÍCIL

04 de dezembro de 2014

A
definição dos nomes da nova equipe econômica anunciados pela presidente Dilma Rousseff
para o seu segundo mandato com Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda e Nelson
Barbosa para o Ministério do Planejamento não foi suficiente para
tranquilizar  as empresas associadas ao
Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) regional Campinas. Ainda
há muito pessimismo sobre os rumos da economia para 2015 e com isso os
empresários continuam contingenciando os investimentos.

O Ciesp
Campinas fez um balanço de 2014 e as perspectivas para 2015. A sondagem
industrial referente ao mês de outubro elaborada pelo Centro de pesquisas
Econômicas da Facamp (Faculdades de Campinas) revelou que houve uma piora
significativa com relação a produção, vendas, contratações, estoques,
capacidade instalada, custos e lucratividade.Todas essas questões atreladas aos
aumentos do custo da energia elétrica, da crise hídrica, reajuste dos
combustíveis e da inflação em alta geram a certeza de um 2015 muito difícil.
Para o diretor titular do Ciesp Campinas, José Nunes Filho, as perspectivas são
ruins e foi enfático com o que chamou de custos da reeleição.. “Em 2015 nós
vamos pagar as contas da reeleição com água, custo de combustível, com custo de
energia elétrica e com impostos. É uma coisa que a gente denunciou desde o
início. Essa reeleição é um mau para o país. Tem que acabar”, desabafou.

A perspectiva
de investimentos das associadas ao Ciesp Campinas vem caindo ano a ano. Em 2013
era de R$ 95 milhões, em 2014 foi de R$ 90 milhões, que certamente não se
concretizou e para 2015 R$ 80 milhões. José Nunes explicou que os industriais
trabalham muito com expectativa e o índice de confiança do industrial paulista
caiu de novo para 39,9% no mês de novembro. Em outubro o percentual havia sido
de 40,1%. Como o pessimismo aumentou a expectativa de investimento fica muito
baixa também. “Em 2014 nós tivemos uma gestão econômica do país desastrosa que
acabou de tirar o resto de competitividade que a economia brasileira tinha com
impostos altos, juros altos, falta de infraestrutura para importação e
exportação, corrupção elevada, muita burocracia, muita regulação e para 2015
não esperamos nada diferente. A gente tinha alguma esperança com a nova equipe
econômica, que são técnicos competentes. O Levy é um economista reconhecido e
competente, mas a própria posição de que quem manda na economia é o Planalto, é
a presidente da República e não o ministro da economia e o que está novamente
se configurando pela própria lei enviada pela presidente da República para
câmara de acabar com o superávit primário” disse.

Com o intuito de
avaliar o investimento realizado em 2014 e as projeções de investimento para
2015, no mês de novembro, foram realizadas quatro perguntas referentes a essas
questões. A primeira pergunta foi em relação ao valor investido pelas empresas
no ano de 2014. Do total, 40% das empresas respondentes afirmaram que
realizaram investimentos acima de R$ 5 milhões, 30% que realizaram
investimentos entre R$ 100 mil e R$ 1 milhão, 20% que realizaram investimentos
entre R$ 1 e R$ 5 milhões e 10% que não realizaram investimentos.

Quando indagadas
sobre o destino desses investimentos, 40,9% das empresas afirmaram que o
objetivo foi modernizar e ampliar a área industrial, 27,3% que foi o lançamento
de novos produtos e 13,6% que foi a manutenção da área industrial. Nenhuma
empresa assinalou que os investimentos foram destinados aos programas de
qualidade e treinamento dos funcionários, enquanto 18,2% assinalaram a opção
nenhuma das anteriores.

Sobre a projeção de
investimento para 2015, 40% das empresas respondentes pretendem investir acima
de R$ 5 milhões, 25%, entre R$ 100 mil e R$ 1 milhão, 20% não pretendem
realizar investimentos e 15% entre R$ 1 milhão e R$ 5 milhões. Para 45% das
empresas, esses investimentos serão destinados para a modernização e ampliação
da área industrial, enquanto para 18,2% serão para o lançamento de novos
produtos, 9,1% irão realizar manutenção da área industrial, 0% para programas
de qualidade e treinamento dos funcionários e 27,3% das empresas assinalaram a
opção “nenhuma das anteriores”.

Foto 1: Diretor do Ciesp Campinas, José Nunes Filho.
Foto 2 – Coletiva de imprensa de José Nunes Filho.
Crédito: Roncon & Graça Comunicações.

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