SOFTS SKILLS PODEM DAR UM “UP” NA CARREIRA PROFISSIONAL

O mundo profissional não é mais o mesmo e tem, cada vez mais, exigido melhor capacitação e desenvoltura dos profissionais dentro do ambiente de trabalho. Com o constante avanço tecnológico e as mudanças nas formas de trabalho advindas no contexto da pandemia de covid-19, o mercado de trabalho tem sinalizado que o desenvolvimento das soft skills são tão importantes quanto as hard skills.

Todas as transformações que o mercado de trabalho tem vivenciado nos últimos anos geraram impactos significativos nos números de emprego e desemprego no Brasil. De acordo com dados do novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados no último dia 09, somente no primeiro semestre de 2023, foram efetivadas 1.874.226 de novas admissões e 1.790.929 desligamentos.

O Fundador e Mentor da DoctorCoach Academy, Gustavo Lintz cita que apesar do saldo positivo, se comparados aos índices de dezembro de 2022, especialistas afirmam que o crescimento no  número de contratações deve ser encarado como sinal de melhoria na economia, mas também deve ser motivo de alerta para o trabalhador. Isso porque, depois da pandemia de covid-19, as empresas perceberam que, além das hard skills – habilidades e conhecimentos técnicos necessários para a execução de uma determinada função -, os trabalhadores também precisam desenvolver as suas habilidades sociais e emocionais – as chamadas soft skills.

Soft skills é basicamente o termo utilizado para definir as habilidades socioemocionais e comportamentais do profissional. Essas habilidades, embora não estejam diretamente ligadas a questões técnicas ou científicas de uma determinada área de atuação, fazem toda diferença nos resultados da empresa, principalmente, em épocas de muitas incertezas, ansiedade, descontroles e perda de rendimento, é o que afirma Gustavo Lintz, mentor e criador de projetos complexos.

De modo geral, é o desenvolvimento das soft skills que permitem aos profissionais obter sucesso dentro da empresa onde trabalha, alcançando altos postos da hierarquia da organização.  Mas as soft skills não são úteis apenas no trabalho, elas também geram relações interpessoais bem-sucedidas.

Soft Skills como diferencial para a contratação de novos funcionários

As novas configurações do mercado de trabalho têm revelado que o desenvolvimento das soft skills é fundamental para o profissional que pretende crescer na sua área de atuação, assim como é elemento imprescindível para as empresas na formação do seu quadro de colaboradores, é o que revela uma análise conduzida pela ONG especializada em educação America Succeeds, em 2021. De acordo com a pesquisa, quase dois terços dos cargos de empregos anunciados listavam soft skills entre as qualificações exigidas.

Comunicação interpessoal, planejamento e gestão do tempo estão entre as soft skills mais procuradas pelas empresas atualmente. Além dessas, também se destacam: relacionamento com cliente, gerenciamento de projetos, pensamento analítico, flexibilidade, resolução de problemas e atenção aos detalhes, conforme indica o relatório “Perspectivas do mercado de trabalho para graduados”, feito pela ZipRecruiter.

Por outro lado, estudo realizado, em 2018, pela Page Personnel, consultoria global de recrutamento para cargos de nível técnico e suporte à gestão, revela que nove em cada 10 profissionais são contratados pelo perfil técnico e demitidos pelo comportamental. Isto é, as contratações levam em conta a qualificação técnica do profissional, ao passo que os desligamentos dos colaboradores qualificados acontecem por problemas no seu comportamento. Tais dados evidenciam a importância das soft skills na hora da contratação desse futuro funcionário. “Um recrutador experiente pode lançar mão de diversas ferramentas e avaliações para diminuir a chance de insucesso na contratação”. Além de ajudar na diminuição – ou até ausência – do “turnover” -, essas ferramentas podem, a médio e longo prazo, proporcionar à empresa considerável redução nos altos custos das demissões. Logo, fica evidente que “o recrutador deve investir não somente em mais tempo no processo seletivo, como também deve fazer uso de técnicas de seleção que focalizem na escolha de profissionais que possuam soft skills adequadas à política interna da empresa”, afirma Lintz.

Como desenvolver soft skills

De acordo com Lintz, para desenvolver soft skills, “o primeiro passo é o autoconhecimento, pois é o que permite ao profissional descobrir quais são as suas competências comportamentais e habilidades socioemocionais, assim como identificar os aspectos de sua personalidade que precisa melhorar. A partir desse processo de autoconhecimento, deve-se então preparar um plano de ação, em direção aos seus objetivos em relação a sua carreira, seja ela exercida de forma autônoma ou dentro de alguma empresa”.

O segundo passo é então descobrir quais são os seus motivadores e saber porque você faz o que faz e da maneira que faz. Outro ponto importante são as habilidades e perfis de liderança. “Para exercer o seu papel de líder, não é preciso ocupar cargos mais altos dentro da hierarquia empresarial; basta saber qual é o seu perfil de liderança e, assim, adequar-se ao seu cargo ou departamento”, diz Lintz.

Nessa perspectiva, Lintz afirma que duas ferramentas podem ajudar no desenvolvimento das soft skills, são elas: as âncoras de carreira e o perfil de liderança DISC. Com essas ferramentas, é possível identificar quais são as suas âncoras predominantes e o seu perfil de liderança. Do mesmo modo, pode descobrir se as suas motivações socioprofissionais são mais para:  gerência geral, criatividade empreendedora, puro desafio, dedicação a uma causa, competência técnica funcional, segurança e estabilidade, estilo de vida ou autonomia e independência. Além disso, o autoconhecimento permite conhecer o estilo de liderança mais favorável, que pode ser: comando e prazos; comunicação e diálogo; consenso e orientações ou controle e especificações.

Identificar suas principais soft skills e estar pronto para demonstrá-las em uma seleção de emprego podem ser o grande diferencial para a sua contratação. Por outro lado, definir as soft skills mais adequadas ao perfil de profissional desejado pode garantir à empresa melhor aproveitamento do seu corpo de colaboradores, além de redução de custos com demissão. Assim, os conhecimentos técnicos e a experiência profissional continuam sendo elementos importantes. Mas, no novo mercado de trabalho, são as soft skills que parecem ditar o sucesso profissional.

 

Foto: Fundador e Mentor da DoctorCoach Academy, Gustavo Lintz.

Crédito: Divulgação.

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