AFINAL, O QUE É SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIAL?

7 de agosto de 2015.
ARTIGO DE PROFESSOR LUIZ FERNANDO DE ARAÚJO BUENO

Após 2007, com a divulgação do
relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC),
elaborado por 600 cientistas de 113 países, o tema Sustentabilidade e
Responsabilidade Social tem sido muito comentado, mas pouco conhecido.
Estabelecido em 1998 pela Organização
Meteorológica Mundial (OMM) e pelo Programa das Nações Unidas para o Meio
Ambiente (Pnuma), o IPCC avalia de forma direta a informação científica,
técnica e socioeconômica relevante para entender os riscos da mudança
climática, causada por ações humanas, seus potenciais impactos e opções para a
adaptação e mitigação.
A divulgação do relatório desse
painel no ano passado também não foi nada animadora!
Ao observar os últimos anos de
convivência com o tema “Sustentabilidade e Responsabilidade Social”, confesso.
Ainda teremos que trabalhar muito para a sua disseminação tanto a nível empresarial
como individual, uma vez que Sustentabilidade e responsabilidade social começa
em casa. Com a mudança de nossas atitudes. Como consumidores, devemos ter em
mente que não existe um ato de consumo sem impacto.
De uma maneira bem simples, podemos
dizer que ser socialmente responsável significa nos preocupemos efetivamente
com os impactos, que as atividades econômicas trarão ao nosso entorno.
Esses impactos podem ser positivos e
negativos e estarem relacionados a questões sociais, econômicas, ambientais e
culturais. Já o entorno significa os públicos, “stakeholders”, atores com
os quais nos relacionamos:
Fornecedores de
– Capital: acionistas, investidores e
financiadores;
– Direcionamento: conselheiros,
gestores, organizações parceiras, instituições (leis, normas, certificações,
códigos, políticas públicas, boas práticas de mercado e de relações com a
comunidade);
– Trabalho qualificado e
não-qualificado: trabalhadores;
– Bens e serviços;
– Insumos e subprodutos.
Clientes e consumidores
influenciadores
– Indivíduos, grupos organizados,
comunidades do entorno, ativistas e grupos hostis;
– Organizações representativas,
políticas, filantrópicas e comunitárias;
– Movimentos sociais, ambientalistas,
políticos e culturais;
– Ministério Público e Órgãos de
Governo e Instituições do Mercado e Concorrência.
Basicamente esse é o conceito de
Responsabilidade Social Empresarial. Entretanto, muita confusão tem sido feita
com o assistencialismo e a filantropia.
Não é possível exercer
Sustentabilidade e Responsabilidade Social Empresarial isoladamente. Precisamos
trabalhar, via engajamento e convencimento, com esses diversos públicos, para
que possamos obter a legitimidade desse processo, respeitando as identidades,
os princípios e os valores desses diversos atores.
A gestão “com” e não “de” esses
públicos é fundamental para o sucesso nesse processo. Ao trabalharmos com a
mitigação dos impactos sociais, econômicos, ambientais e culturais de nossas
atividades – via engajamento e convencimento dos diversos públicos com os quais
nos relacionamos, (“stakeholders”), objetivando a participação no
desenvolvimento no nosso País, chegaremos ao conceito de Sustentabilidade e
Responsabilidade Social Empresarial.
Alguns benefícios que poderão ser
contabilizados com essa mudança de atitude são valorização da marca,
fortalecimento da reputação, melhoria do gerenciamento de risco, melhoria das
condições de competitividade e maior valor agregado para a sociedade. Essa ação
se viabiliza via condutas de indivíduos, grupos, organizações e redes.
Para aprofundamento desse tema sugiro
o contato com algumas organizações com iniciativas relevantes no campo da
Sustentabilidade e Responsabilidade Empresarial.
Luiz Fernando de Araújo Bueno, Administrador de Empresas, Professor de
Pós Graduação do IBE – FGV, Professor da FGV online,  Diretor Titular do
Departamento de Sustentabilidade do CIESP – Diretoria Regional de Campinas,
consultor e palestrante.
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