AS QUESTÕES QUE VOCÊ PRECISA RESPONDER ANTES DE TROCAR DE EMPREGO

23 de dezembro de 2015.
Com o encerramento de
mais um ano, muitos profissionais aproveitam para repensar a escolha da
carreira ou iniciar um novo planejamento. Mas, para a professora dO IBE-FGV,
Rosa Perrella, antes de trocar de emprego, é necessário que o profissional faça
uma análise da conjuntura, levando em consideração questões como momento
econômico, possibilidades de promoção, relacionamento com o líder e propósito
de vida.
Rosa Perrella é
consultora em gestão de pessoas, especialista em desenvolvimento de lideranças
e equipes, coach, mentora organizacional, professora e palestrante. Mestre em
Educação, Rosa é formada em Administração de Empresas, e pós-graduada em Gestão
Empresarial com MBA em Desenvolvimento Humano de Gestores pela FGV. Veja as
perguntas e as recomendações da professora.
Será que é o melhor
momento econômico para mudar? 
O momento da economia
é o melhor termômetro para o mercado de trabalho. Sair, sem ter um planejamento
da carreira ou uma nova possibilidade em foco, pode ser arriscado para
retornar. “Além disso, o profissional deve levar em conta que não vale a pena
trocar seis por meia dúzia. É importante analisar o cenário para não se
frustrar ainda mais, ao invés de se realizar”, analisa.
Já esgotei todas as
possibilidades internas, adquiri a experiência necessária e estou pronto para
uma próxima?
Não é recomendável
sair sem verificar as alternativas dentro da própria organização. Às vezes, o
profissional está apenas cansado das atividades desenvolvidas na função e
existem outras oportunidades na empresa, onde ele já está integrado, conhece a
hierarquia, missão e valores, podendo desenvolver um novo trabalho com mais
eficácia a curto prazo. “Hoje, as novas gerações têm muita pressa. Mesmo que as
empresas já entendam que não se deve ficar muito tempo na mesma função, pular
de galho em galho não é legal”, diz.
Será que fiz um bom
trabalho e posso contar com a recomendação do meu líder ou da empresa?
As entrevistas dos
processos seletivos diferem em alguns pontos, mas há sempre algumas perguntas
clássicas. Algumas delas são sobre os resultados e desafios significativos nas
experiências anteriores e os motivos da mudança. Por isso, o profissional deve
estar certo de que pode contar com a aprovação de seus antigos chefes, antes de
mudar.
O feedback, quando
bem utilizado, tanto para quem dá quanto para quem recebe, é uma excelente
ferramenta para desenvolvimento e ajustes de atitudes. Então, antes de sair,
também converse com o líder, descubra o que ele pensa a seu respeito, conte
sobre suas expectativas. “Não há nada mais eficaz do que a comunicação. Se você
sair, sairá pelos motivos certos. Se ficar, será valorizado pela honestidade e
vontade de crescer”, aponta Rosa Perrella.
Estou seguro de minha
decisão e mesmo não dando certo, me manterei confiante?
Para a professora,
muitos profissionais procuram fortalecer suas escolhas e analisá-las de forma
mais profunda, com a ajuda de um profissional de coaching, processo que
contribui para o desenvolvimento de competências e liberação de potencial.
“Assim, se já esgotou todas as possibilidades e ainda não está certo de qual a
melhor escolha a fazer, busque ajuda profissional”.
Pensei com
objetividade se esta mudança tem a ver com meu propósito de vida?
É importante analisar
se não vai somente mudar de crachá e se esta nova oportunidade, que estão
oferendo ou que esteja buscando, não será somente pontual. “Profissionais mais
calmos e resilientes, que analisam as situações a longo prazo, poderão manejar
melhor sua carreira do que os mais apressados e muito ansiosos”, comenta Rosa.
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