BRASILEIRO GUARDA 7,4 BILHÕES DE MOEDAS

01 de maio de 2016.
Os bolsos, cofrinhos
e gavetas da população brasileira guardam 7,4 bilhões de moedas. De acordo
com  dados do Banco Central, o total de
moedas acumuladas representa 32% das moedas emitidas até dezembro de 2015. Ou
seja, de todo o volume de cédulas e moedas emitidas pela Casa da Moeda, um
terço está retido pela população.
Atualmente, o estoque
de moedas existente no mercado corresponde a 100 unidades para cada habitante –
números equivalentes à média internacional. Entretanto, usar moedas não é
hábito dos brasileiros, diferentemente do que ocorre em outros países em que é
comum o maior pagamento e recebimento de moedas metálicas.
O diretor de
operações da FEBRABAN, Walter de Faria, explica que esse hábito de guardar e
não usar moedas acaba provocando restrições em sua circulação na economia.
“Esse costume é um resquício do período de inflação alta, quando o dinheiro
perdia valor muito rapidamente e, por isso, as moedas eram menosprezadas”, diz.
Após a estabilização
do real, no entanto, as moedas esquecidas na bolsa ou na gaveta podem ser
suficientes até para pagar pequenas contas. “É importante que as pessoas se
sensibilizem sobre o valor que as moedas têm e sobre a importância também das
cédulas de pequenas denominações. Elas precisam circular no mercado, pois
facilitam o troco no comércio e reduzem as despesas do governo com novas
emissões de dinheiro”, explica o executivo.
Para aqueles que
possuem o saudável hábito de economizar nos gastos do dia a dia, guardar as
moedas no cofrinho é prática bastante comum. Mas não é preciso abrir mão da
poupança diária para ajudar na circulação de moedas.
O diretor de Educação
Financeira da FEBRABAN, Fabio Moraes, aconselha que se abra o cofrinho com
frequência  para a troca de moedas
poupadas por cédulas de maiores denominações. Outra sugestão do executivo é que
se faça uma aplicação com o montante guardado. “Além de ajudar o sistema
financeiro a colocar moedas em circulação, você também faz o seu dinheiro
render, ao colocá-lo em uma aplicação financeira em vez de mantê-lo parado em
casa, perdendo valor”, sugere.
De acordo com o
executivo, uma prática constante de poupança, mesmo sendo pequenos valores na
forma de moedas, pode fazer a pessoa acumular um bom dinheiro depois de algum
tempo. “Disciplina e controle financeiro são as chaves para o bem estar
financeiro e para que se atinjam objetivos importantes, como a compra de um bem
de alto valor ou investimentos em educação e cultura, que é um patrimônio que
ninguém pode tirar das pessoas”, completa Fábio.
Uma maior circulação
das moedas impacta diretamente no dia a dia de toda a população, independente
de sua localização, faixa etária ou classe social e beneficia comerciantes,
lojistas, prestadores de serviços e os próprios consumidores.
A FEBRABAN incentiva
a utilização de moedas que estão guardadas ou até mesmo esquecidas e ressalta
que a circulação das moedas em transações diárias é necessária para validar as
trocas econômicas e manter um sistema financeiro eficiente.
Foto: Cofrinho com moedas.
Crédito: Divulgação.
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