CEOs SÃO CHAMADOS AO EQUILÍBRIO

07 de março de 2016.
Em uma sala lotada
com CEOs de diversas localidades do país, a palestrante Paulette Alberis Melo,
professora da IBE-FGV, PhD em Administração pela Florida Christian University,
dispara sem a menor cerimônia. “Líderes, os senhores têm que ser absolutamente
equilibrados”, afirma categórica. Como se fosse fácil, na situação atual. “Mas,
equilíbrio é a palavra de ordem para manter a organização em águas navegáveis
em um cenário volátil como o atual”, continua.
É claro que a maioria
dos executivos presentes já sabia disso. Eles pertencem ao grupo CEO Insights
formado por ex-alunos do programa CEO FGV e se reúnem quatro vezes por ano para
reciclagem de conhecimento, além de discussões de problemas comuns e busca de
soluções em conjunto. Esta semana, durante mais um desses encontro realizado na
IBE-FGV Campinas, a temática apontou para soluções em tempo de crise.
E Paulette foi além.
Delineando um cenário bastante perturbador perante a crise econômica, escassez
de recursos, dinâmica tecnológica, globalização, hipercompetitividade e outros,
ela destaca que não haverá mais nenhuma solução fácil e todas as decisões
seguirão o mesmo padrão.
Se o líder causa
diversas reações na equipe e é o responsável pelas pessoas ao seu redor,
automaticamente todas as situações derivadas do grupo que lidera pesam na sua
conta. “Já repararam uma equipe descontraída, conversando, que quando o líder
entra de repente fica completamente quieta? Esse é um exemplo de reação à
liderança”, explica.
E quando o assunto é
carreira, a escala da complexidade é automaticamente acionada. Ou seja, quanto
mais uma pessoa sobe, mais capacidade de abstração ela necessita. Essa
capacidade é a que precede o pensamento estratégico, indispensável para tomada
de decisões. “Com o líder acontece como na construção de um prédio: quanto mais
alto, mais é a pressão exercida, e, maior ainda é a profundidade do
fundamento”, diz.
Aceitar o que não
pode ser mudado é a dica de ouro para o líder que deseja obter boa saúde mental
e, consequentemente, equilíbrio no cotidiano. Não se isolar também é
fundamental. De acordo com a especialista, a solidão é uma doença crônica dos
CEOs e deve ser extirpada. “Faça mais interações na empresa, compartilhe”,
recomenda.
Foto: Paulette Alberis Melo, professora da IBE-FGV.
Crédito: Divulgação.
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