COLUNA DO PROFESSOR SERGIO MIORIN

O Apagão da Mão de Obra
Qualificada
Sergio Miorin
Esse
assunto muito discutido nos dias atuais, vem gerando grandes oportunidades para
as pessoas qualificadas e preparadas, e tirando emprego de pessoas sem
qualificação.
No
Brasil as empresas de produtos e serviços estão com uma grande demanda de
profissionais, chegando ao ponto de empresas e profissionais de RH, não
conseguirem contratar e preencher as vagas em aberto.
As
vagas vem crescendo mês a mês, principalmente na indústria automobilística,
batendo recordes e recordes continuamente.
Quando
não temos mão de obra qualificada e o perfil desejado dentro da organização,
abre-se então a vaga externa. Quando não temos o perfil para vaga no mercado
brasileiro, principalmente as empresas multinacionais acabam trazendo profissionais
de outros países para ocupar cargos e responsabilidades dentro do nosso país.
Quem perde muito com isso é nosso próprio país, pois poderia ter sido
preenchida por um brasileiro e não por um estrangeiro, principalmente quando
falamos de cargos como Presidente, Diretor ou Gerente de primeira linha.
Esse
apagão tende aumentar nos próximos anos, pois o Brasil vem crescendo e
aumentando sua participação nas exportações. Exemplo disso está sendo esse ano,
tivemos carnaval, copa do mundo e ano de eleição presidencial, e mesmo com tudo
isso, o crescimento está acontecendo.
A
dificuldade de contratação vem acontecendo nas áreas de  informática, petróleo e construção civil,
entre outras.
Um
exemplo disso é que hoje estão sendo treinados por volta de 25.708 pessoas para
área de petróleo, sendo que a necessidade é de 207.643, sem incluir o pré-sal,
até em 2013 (Fonte PROMINP – Programa de Mobilização da Indústria Nacional de
Petróleo e Gás Natural). Até o momento já foram treinadas cerca de 52.694 pessoas
no programa.
Por
isso a importância de uma educação continuada, seja ela através de cursos
profissionalizantes, técnico, graduação, especialização, extensão, entre
outros.
Para
as empresas que tem profissionais qualificados, também precisa ter uma grande
estrutura e plano de carreira para o mesmo. Pois quando passamos pelo apagão a
dificuldade das empresas é reter essas pessoas importantes que contribui muito
para o desenvolvimento e crescimento de uma organização com resultados
satisfatórios.
O
que as empresas podem fazer para reter e para atrair talentos?
O
primeiro de tudo é ter um ambiente organizacional em harmonia, isso é um ponto
forte. Os benefícios oferecidos vem em segundo lugar, são muito atraentes
perante os olhos do atual ou futuro colaborador. Na sequência o salário, tudo
que é diferente da média, é diferenciado.
As
palavras treinar, orientar, lapidar, preparar, são de extrema importância para
os colaboradores antigos e os que estão chegando.
A
palavra treinamento também tem duas frentes, algumas pessoas dizem  que treinam seus colaboradores, e os mesmos
quando preparados vão embora. Riscos são vivenciados todos os dias, seja uma
aplicação financeira, seja uma ultrapassagem em uma pista, mas precisamos
correr o risco, pois caso contrário, a situação pode ser pior, ou seja, ele
pode ir embora por falta de estímulo, diferente da palavra muito usada no
mercado (motivação).
A
motivação está dentro de nós ela é intrínseca, nos impulsiona para cima, para
uma ação, diferente do estímulo que vem de fora.
O
importante perante esse cenário é estar sempre antenado no mercado, e
acompanhando o que está acontecendo, os movimentos, as tendências.
A
quantidade de vagas em instituições precisa aumentar, e o ensino precisa
adquirir mais corpo, mais dinâmico e mais moderno, caso contrário não irá
acompanhar a velocidade, desenvolvimento e inovação junto ao mercado.
A
quantidade de profissionais que o país forma por ano, não consegue suprir a
demanda do mercado, ficando carente em várias áreas.
Para
as pessoas que acabam de se formar e não tem experiência de mercado, precisam
saber e entender a grande diferença de uma universidade e um trabalho. Tem
algumas coisas que podem ser feitas depois em um curso, que não irá impactar no
resultado final. Porém no mercado de trabalho as coisas normalmente são para
ontem, a velocidade de aprendizado, de tecnologia, de inovação, de
acontecimentos é alucinante.
A
pessoa para ter sucesso, ser aceito e se desenvolver no mercado, precisa de
algo a mais, perseverança, atitude positiva, dedicação, cultura,
desenvolvimento pessoal, profissional e intelectual, trabalhar em equipe, não
se conformar com coisas mal feitas, entre outras.
           
           
Sergio Henrique Miorin é Graduado em Engenharia Elétrica
modalidade em Eletrônica pela USF – Universidade São Francisco, Pós-Graduado
Especialista em Engenharia de Redes e Sistemas de Telecomunicações pelo INATEL
– Instituto Nacional de Telecomunicações, Pós-Graduado Especialista MBA em Gestão Empresarial
pela FGV – Fundação Getúlio Vargas e mestrando em Educação pela Unisal. É Diretor
Geral da SM – Consultoria, Treinamentos e Palestras, colunista no Jornal de
Valinhos, consultor de empresas e leciona em instituições de ensino, em cursos
técnicos, graduação, pós-graduação especialização e pós-graduação
especialização MBA como: IBE/FGV, Unisal, FAJ e Anhanguera. Contatos: www.smconsultoriaempresarial.com.br
[email protected].

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