COMO SOBREVIVER AOS GASTOS EXTRAS DE JANEIRO

19 de janeiro de 2015.
Após a empolgação com as festas é chegada a hora de
planejar o pagamento das conhecidas e temidas contas de início de ano. A lista
dos famosos gastos como IPVA, IPTU, materiais e uniformes escolares, será
estendida com o acréscimo do aumento de água e energia, previstos para
fevereiro. O professor de Economia e Empreendedorismo da IBE-FGV, Paulo Ferreira,
dá dicas de como encarar os três primeiros meses turbulentos do ano.
Papelarias lotadas de pais buscando o melhor preço
são cenários comuns no mês de janeiro, porém 2015 preparou uma surpresa nada
agradável aos consumidores: uma alta de 8% no valor dos materiais escolares,
segundo a Associação
Brasileira dos Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (ABFIAE) .
Essa não foi a única notícia desagradável para o
início do ano; de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel),
partir deste mês passou a valer o sistema de bandeiras
tarifárias. Agora, o valor mensal da conta vai depender da cor da bandeira:
verde, amarela e vermelha. Elas vão indicar o custo da energia, podendo sofrer
reajustes de até R$3.
A lista não para por aí. Mais um custo que será
sentido pelo consumidor será o reajuste na tarifa de água, que será de 11,98% a
partir de fevereiro.
“As pessoas deveriam ter se preparado para os
gastos de início de ano em novembro do ano passado, quando receberam a primeira
parcela do 13° salário, porém sabemos que a maioria das pessoas não fazem esse
tipo de planejamento, e agora não enxergam uma luz no final do túnel”, explica
o professor Paulo Ferreira.
Segundo Ferreira, a melhor maneira de encarar a
situação é reunir a família e fazer um planejamento de despesas, retirando do
orçamento qualquer gasto que não seja fixo e os supérfluos. “Gastos com restaurantes,
idas ao shopping, cafezinhos na rua, compra de vestuário, tudo isso deve ser
deixado de lado nesse momento; a prioridade deve ser pagar as contas
fundamentais,” afirma o professor.
O parcelamento de dívidas, o diálogo com os
credores e a pesquisa de preços são fundamentais de acordo com o especialista
em Economia para se obter um bom resultado no final do primeiro trimestre de
2015. “O maior número de contas possíveis deve ser parcelado nesse início de
ano. Os pais devem conversar nas escolas dos filhos e tentar o parcelamento das
matrículas dos filhos sem juros, em quanto mais parcelas melhor. O material
escolar, depois de uma vasta pesquisa, também pode ser parcelado. Essa prática
faz com que o pouco dinheiro que restou estique por mais tempo,” afirmou.
Para o professor da IBE-FGV, as despesas que não
devem ser nunca parceladas são as da fatura do famoso cartão de crédito. E
utilizar o cheque especial – nem pensar! “São os dois `nuncas´ que utilizamos
na economia. Em último caso, a melhor opção para o pagamento de dívidas é o
empréstimo consignado. É necessário fazer uma vasta pesquisa nos bancos e
verificar qual a menor tarifa de juros oferecida. É trabalhoso, mas se a pessoa
poupou o trabalho no final de 2014 se planejando, gastará seu tempo agora se
reestruturando,” afirma.
As palavras de ordem para quem quer sair do sufoco
no início de 2015 são planejamento (de contas), renegociação (de dívidas),
pesquisa (de preços) e contensão (de gastos). “É necessário que, passado o
sufoco, fique a lição para em 2015 guardar o 13° salário e fazer um
planejamento para as contas de janeiro, para não passar pela mesma situação
novamente,” ressaltou Ferreira.
Foto: Professor de Economia e Empreendedorismo da IBE-FGV, Paulo Ferreira.
Crédito: Divulgação.
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