ECOSYNTH ESCOLHE VALINHOS PARA INSTALAR A SUA SEDE

05 de setembro de 2014.
A Ecosynth, uma Startup de
biotecnologia, escolheu Valinhos (SP), na Região Metropolitana de Campinas
(RMC), para instalar a sua sede. A escolha pela cidade foi estratégica por uma
série de requisitos positivos, entre eles a proximidade com o Aeroporto
Internacional de Viracopos e o custo operacional baixo. A Ecosynth é uma
empresa de biotecnologia ambiental voltada a processos para purificação de
água, esgoto, remoção de óleos de efluentes e plantas de filtração, em
indústrias. A Startup, como foi concebida a empresa ao nascer já promissora
pelo desenvolvimento de ideias inovadoras, chega ao município como precursora
na região neste segmento em ampla expansão em todo o país, financiada pelo
Fundo de Inovação em Meio Ambiente (FIP) Inseed Fima, que injetou no projeto um
aporte de R$ 3 milhões em outubro do ano passado.
Com um crescimento estimado em 300%,
a Ecosynth, criada em 2011 em São Paulo e que desde o início deste ano tem
recebido suporte da Prefeitura de Valinhos para se instalar, por meio de
parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, espera mais que
triplicar o faturamento anual, passando dos R$ 780 mil em 2013 para R$ 3
milhões neste ano.
Dentro de seu planejamento
estratégico, a Ecosynth, programa para até o final deste ano a entrada em novos
países com a sua primeira exportação à Argentina. Atualmente, é fornecedora de
empresas como AMBEV, Tecnicor (Nike do Brasil), Phibro Animal Health e L’Oreal,
sendo que esta multinacional francesa de cosméticos conseguiu reduzir em 90% a
quantidade de lodo gerado na sua fábrica de São Paulo.
O diretor de Desenvolvimento
Econômico de Valinhos, Jorge Torrezin, e o auditor fiscal da cidade, Rodrigo
Agostinho, tiveram na semana passada mais um encontro com o diretor financeiro
da empresa, Tomás Guiselini. Os representantes da administração municipal foram
conhecer as instalações da nova planta, um galpão industrial com espaço
otimizado no bairro Espírito Santo e bem localizado estrategicamente nas
proximidades da Rodovia dos Agricultores com acesso a Dom Pedro I. “Contamos
desde o início com o apoio da Prefeitura para agilizar a implantação da nova
sede, tão logo optamos por sair da Capital e investir em Valinhos. Um
mapeamento feito por nós apontou que atualmente 50% dos nossos clientes são do
Estado de São Paulo e a maioria destes fica no interior. Antes de decidirmos
pelo município, chegamos a consultar outras cidades como Campinas, Louveira,
Itatiba, Atibaia, mas Valinhos foi a que apresentou melhores condições para a
nossa logística, que inclui infra-estrutura viária, custo benefício operacional
e principalmente mão de obra qualificada”, destacou Guiselini.
A empresa passa a investir no
município para alavancar a produção de seu carro-chefe, o ATM, um ativador
metabólico que acelera a ação das bactérias sobre resíduos industriais e
sanitários e permite uma economia de até 30% no processo de tratamento. Segundo
o diretor-presidente da Ecosynth, Eduardo Conchon, também biólogo e idealizador
da inovadora fórmula, o ATM é considerada solução de biotecnologia para reduzir
drasticamente o lodo gerado em estações de tratamento de efluentes. A
tecnologia elimina a necessidade de modificar estruturas ou processos das
estações, facilita o atendimento das leis ambientais e reduz a geração de
resíduos.
O empreendedor da Ecosynth, é um dos
11 empresários premiados pela Exame PME Sou Empreendedor, categoria
Sustentabilidade Urbana, por ter criado um negócio que ajuda a remover os
grandes entraves brasileiros e a melhorar a vida de outras pessoas.
Ele destaca que inovações
relacionadas à qualidade da água têm despertado grande interesse dos
investidores, tendo o produto da Ecosynth escolhido de uma base de 250
propostas levadas ao Fundo de Inovação ao Meio Ambiente. “Nesta primeira fase,
além das novas instalações em Valinhos que permitirá o aumento da capacidade
produtiva, os investimentos do aporte estão sendo utilizados para novas
pesquisas, reforçar o quadro de funcionários e o marketing da empresa para
tornar o nosso produto conhecido de norte a sul do Brasil e em outros países”,
conta Conchon.
Entusiasmado com a nova fase da empresa e o
potencial crescimento da produção, que deve ser multiplicado por dez em apenas
dois anos, o diretor-presidente esclarece que o ATM é ecologicamente correto,
pois não agride o meio ambiente. A inovação biotecnológica desenvolvida pela Ecosynth
também vai ao encontro do que é atualmente exigido para que as empresas atinjam
suas metas de saneamento.
O biólogo destaca que uma resolução do
Ministério do Meio Ambiente estabelece que até o final de 2014 as indústrias
deverão tratar seus resíduos na fonte, seguindo regras de acordo com o grau de
poluição e volume de efluentes, para desafogar a rede de coleta dos municípios.
“Desenvolvemos um produto que reduz a quantidade de resíduos restantes após o
tratamento do esgoto. Para se ter uma ideia, no Brasil, 90% do esgoto é tratado
com micro-organismos que comem a sujeira, mas que provocam um efeito colateral.
Este micro-organismos se reproduzem rapidamente, podendo ser nocivos à saúde
quando descartados em grandes quantidades. Diferentemente do produto da
Ecosynth, um pó que deve ser jogado na água durante a limpeza e inibe a
proliferação desses bichinhos”, explica o diretor-presidente.
Conchon ainda destaca que a Ecosynth conta
com um mercado mais que promissor. “É um mercado potencial superior a R$ 600
milhões, só considerando os mais de 2,4 bilhões de metros cúbicos de efluentes
industriais tratados por aproximadamente 20 grandes empresas no Brasil”, diz.
O Fundo de Inovação em Meio Ambiente foi
criado em 2012 e é destinado a aplicações tecnológicas inovadoras para o
segmento ambiental – tem R$ 165 milhões de capital comprometido para aporte em
até 20 empresas do setor de tecnologias limpas, durante quatro anos.
A INSEED é uma gestora de recursos que nasceu
do Instituto Inovação, que atua há 12 anos na formação, análise, monitoramento,
gestão e desenvolvimento de inovação tecnológica junto a empresas, centros de
pesquisa e governos, dentro e fora do Brasil. A partir desta experiência
empreendedora adquirida na gestão de negócios inovadores, a INSEED concentrou
seus investimentos em empresas inovadoras com elevado potencial de crescimento.
O objetivo é permitir que as empresas
investidas ampliem de forma significativa o impacto positivo de seus negócios
no desenvolvimento de uma economia de baixo impacto ambiental, como a Ecosynth,
a primeira empresa a ser beneficiada pela instituição ao reunir todas as
condições para disputar o aporte de R$ 3 milhões neste segmento de startup.
Essas empresas, geralmente recém-criadas,
estão em fase de desenvolvimento e pesquisa de mercados. O termo startup se
tornou popular internacionalmente durante a bolha da internet, quando um grande
número de empresas ponto com foram fundadas.
Uma startup é uma empresa nova, até mesmo
embrionária ou ainda em fase de constituição, que conta com projetos
promissores, ligados à pesquisa, investigação e desenvolvimento de ideias
inovadoras. Por ser jovem e estar implantando uma ideia no mercado, outra
característica dela é possuir risco envolvido no negócio.
Foto 1 – Diretor-presidente da Ecosynth, Eduardo Conchon.
Foto 2 – Equipe da prefeitura tem se reunido com representantes da Ecosynth.
Crédito: Divulgação.
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