ENGAJAMENTO

21 de dezembro de 2014.
COLUNA DA PROFESSORA E PSICÓLOGA ELINE RASERA.
Uma das competências mais desejadas
no mundo corporativo é o “engajamento”, ou seja, estar envolvido e
comprometido  com as questões do negócio. Ainda assim, parece um tanto
subjetivo. Quando um profissional está envolvido? Como uma organização percebe
esse comprometimento?
Comportamento e resultado. Duas
maneiras que ajudam muito  a quem deseja  mostrar-se engajado. E isso
pode ser o diferencial das competências.
No estudo chamado “Tendências Globais
do Capital Humano”, realizado pela consultoria Deloitte, com 2,5 mil líderes de
recursos humanos de 94 países, onde desses líderes, 40 eram brasileiros,
apenas  “13% dos funcionários em todo mundo estão ativamente engajados no
trabalho e mais do que o dobro disso está tão desengajado que é propenso a
espalhar negatividade para os demais.” (O Globo/Economia-9.12.2014)
Porcentagem baixa  para uma das
competências mais desejadas. Muito baixa.
Quando um profissional está engajado
revela visão  sistêmica, ou seja, ele pensa e age  de maneira
sustentável, sentindo-se parte do processo como um todo.
Segundo Stella de Freitas em seu
livro Inteligência Sistêmica, “se você não é parte da solução, então você é
parte do problema”.
O profissional engajado tem uma
postura, antes de tudo, altamente responsável por tudo o que faz, desde as
tarefas do cargo e para a qual foi contratado, até onde suas ações podem causar
impacto no ambiente e nos resultados. “Pensa grande”, procura resolver os
problemas percebendo a si próprio como parte dessas questões e considerando
tudo como parte de um sistema maior. Alêm disso, considera que as coisas podem
ser isso, mas também um pouco daquilo, ousando numa infinidade de novas
possibilidades que vão alem do limite estabelecido por padrões e condutas já
estabelecidas. Não é uma pessoa sem foco, mas sim alguém que se expande a todo
momento em busca de novas soluções, que trarão o máximo de benefícios para a
empresa e para quem dela faz parte – stakholders.
Mas como conseguir que um
profissional pense e haja com essa mentalidade? Parece que buscar esse padrão
está na contra mão das gerações que estão cada vez mais instáveis. Puro engano.
É essa mesma geração (X e Y) que mais se engajam nesse modelo.
A dificuldade pode estar na direção
das empresas (empresários e gestores).
Primeiro é preciso que a organização
tenha um propósito  que se possa acreditar de fato, ou seja, coerência na
missão visão e valores com o que se pratica; proporcionar condições para um
trabalho estimulante (com desafios);  ambiente e normas, onde se preocupa
menos com a disciplina e mais com os resultados;  capacidade de oferecer
aprendizado e crescimento; opiniões que são respeitadas; a confiança sentida
pela liderança e no todo, um ambiente em que se possa Ser e Ter.
Sim, compensação financeira, pacote
de benefícios  e um bom plano de carreira ainda são bastante atrativos,
mas não  mais suficientes para o funcionário “vestir a camisa”.
As organizações desejam resultados
brilhantes e os profissionais, o brilho dos resultados. Esse engajamento é o
que dará grandes resultados.
Um bom desafio para empresários e
líderes e os recursos  humanos.
Eline Rasera,
psicóloga, coach e professora do curso de Pós-graduação em Administração de
Empresas da IBE-FGV.
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